Operação “Carta na mão” leva para as celas agente da PRM que conduzia ilegalmente em Nampula

Nampula (IKWELI) – Um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) foi recolhido para as celas da corporação em Nampula, por ter sido flagrado a conduzir sem licença para o efeito.

De forma a apurar, mitigar e prevenir conduções ilegais, a Polícia em Nampula realizou na manha de ontem, sexta-feira (22), uma actividade de fiscalização rodoviária designada operação “Carta na Mão”, e foi nessa ocasião que o agente foi interpelado pelos próprios colegas.

A operação era conjunta que, para além dos agentes da Polícia de Trânsito, também, envolvia funcionários do Instituto Nacional de Transportes Rodoviários (INATRO) e agentes da Polícia Municipal e de Fiscalização.

Na companhia deste agente da lei e ordem, igualmente, outros 17 indivíduos que dirigiam viaturas sem habilidades reconhecidas pelo Estado foram recolhidos.

Quanto ao policial, o mesmo até tentou mentir para os colegas, alegando que, por ter saído as pressas da sua casa, esqueceu-se de portar os seus documentos, sobretudo a carta de condução, e os da viatura.

Fazendo-se transportar em uma viatura do tipo Toyota, modelo Vitz, o agente não foi poupado pelos seus colegas e teve de parar, mesmo, nos calabouços do comando provincial, na venida Eduardo Mondlane.

Quem, também, não dignificou a sua instituição é um motorista do conselho autárquico da cidade de Nampula que, com a viatura da edilidade, fez-se a rua sem portar o documento que lhe autoriza a comandar em um veículo.

Os condutores dos transportes semi-colectivos de pessoas e bens, vulgos “chapa-100”, viram-se obrigados a dançar o tufo, e como tal encurtaram as ruas de forma a escaparem da operação, facto que denuncia a ilegalidade da condução dos mesmos, despertando, assim, os móbeis dos recorrentes acidentes de viação nas estradas da mais populosa província do país.

O utente Eduardo Insuale, entrevistado pelo Ikweli, confirmou que os “chapeiros” não ousaram, se quer, a se aproximar do raio próximo as brigadas da operação. “O que estou a ver é que a Polícia de Trânsito está a pedir carta de condução aos automobilistas”, por isso teve de pegar, pelo menos, três autocarros para chegar ao seu destino.

“Apanhei o primeiro o carro, ele recuou na Sipal. Depois apanhei outro “chapa-100” e ele recuou aqui na Jamila, isto porque foi informado que a Polícia de Trânsito está a pedir carta de condução e automaticamente ele recuou, evitou ser pegue e isso é um transtorno para nós, porque não há “chapas” e estamos a atrasar para os nossos postos de trabalho”, disse este nosso interlocutor.

Olhando para os encurtamentos de rota e a fuga que os motoristas empreendiam ao aperceber-se da operação, Insuale diz que “isso até dá medo, porque se formos a ver muitos chapeiros não tem carta de condução, e isso futuramente pode prejudicar a nós que precisamos de esses serviços”.

População caminhando por insuficiência de “chapa-100”

O chefe da Secção de Instrução e Educação na unidade da Polícia de Trânsito em Nampula, Assane Sirimão, explica que a operação tinha como objetivo identificar aqueles que circulam na via pública com as viaturas numa situação irregular e, também, aqueles condutores que não tem carta de condução.

“Dentro dessa operação, tivemos o resultado de 18 condutores irregulares, que foram conduzidos ao comando”, disse a fonte, que assegurou que, deste grupo, pelo menos, 3 tiveram de ser detidos.

Igualmente, deste grupo 15 condutores conduziam mesmo depois de terem sido proibidos pelo Estado por, anteriormente, terem prevaricado contra a legalidade da condução na via pública. Sem receio e nem medo, os mesmos exibiram, até, os recibos de inibição de condução, incluindo avisos de multas que observam a medida da retirada da carta de condução.

“Essa atividade visa educar e sensibilizar a todos utentes que se fazem as vias sem portar consigo a carta de condução, e não só, é também para desencorajar aquelas pessoas que querem se fazer as vias públicas sem ter o título de condução do condutor”, anotou Sirimão. (Hermínio Raja)

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