Nampula (IKWELI) – O surgimento massivo de novas bombas de abastecimento de combustíveis em Moçambique, sobretudo nas zonas urbanas, pode constituir um perigo para o meio ambiente no futuro, quando não haja considerados todos os procedimentos.
A cidade de Nampula, no norte do país, tem registado esta “febre”, sendo que a maioria não cumpre a distância mínima recomendável para a construção de infra-estruturas do género.
Há especulações diversas sobre a prática, não se descartando a hipótese da lavagem de dinheiro ilícito através do comércio a retalho de combustíveis na região.
E na última segunda (12), a cidade de Nampula acolheu um seminário de harmonização de procedimentos sobre o processo de licenciamento ambiental, uma iniciativa da Direcção Nacional do Ambiente, do ministério da Terra e Ambiente.
Foi nessa ocasião que Josefa Jissário, da Direcção Nacional do Ambiente, manifestou preocupação com a proliferação de bombas de combustíveis nos centros urbanos do país.
“Em Moçambique existem regras que devem ser cumpridas para a construção de um posto de combustível, mas actualmente nota-se uma grande proliferação de postos de abastecimentos e nesse caso as identidades competentes devem entrar em acção para a colaboração face a instalação de cada posto venda”, recomenda Jissário.
Esta fonte entende que muitas vezes, a demora na construção dos postos requeridos e licenciados faz com surjam novos projectos e com disponibilidade financeira para a instalação de novas unidades, o que faz com que, a posterior, o primeiro requerente e autorizado próximo construa a sua bomba próxima da existente.
Igualmente, aliado isso, segundo a nossa interlocutora, ocorre o derrame de líquidos lubrificantes nestes postos que, também, servem de estação de lavagem de viaturas. (Vânia Jacinto)