Nacala (IKWELI) – Preocupada com a situação em que se encontra a “casa mãe espera” anexa ao Hospital Distrital de Nacala, após a passagem do ciclone tropical Gombe, a edilidade do maior entreposto comercial do norte de Moçambique manifestou interesse em prover meios para a sua reabilitação, mas volvidos mais de 5 dias o governo do distrito negou essa oferta.
O Ikweli está na posse das duas cartas, uma da edilidade e outra do governo do distrito, cuja primeira é datada de 6 e a segunda dia 11 de Abril corrente.
Na sua oferta, o conselho autárquico de Nacala, presidido por Raul Novinte, eleito pelo partido Renamo, começa por caracterizar a situação do distrito em consequência do evento.
“Como é do conhecimento de V.Excia, a Tempestade Tropical (Ciclone Gombe) que passou pela Cidade de Nacala nos dias 10 e 11 de Março findo, deixou marcas amargas nos rostos dos munícipes em torno daquilo que foram os danos materiais, tanto de uso particular quando de âmbito público”, começa por situar Novinte a administrador Etelvina Fevereiro, prosseguindo que “a exemplo desta incidência, há a referir a casa mãe-espera do Hospital Geral de Nacala que, tendo sido vítima destes efeitos prejudiciais, carece de uma intervenção dada a necessidade de restabelecer a utilidade que ela vinha oferecendo ao público”.
Na formulação do pedido, Rau Novinte avança que, “no entanto, o Conselho Municipal pretendendo intervir na reabilitação desta infra-estrutura e, porque não pode fazê-lo sem antes ouvir quanto ao pronunciamento de V. Excia sobre a matéria, permitam-nos, usar desta via para aproximá-los, solicitando o que puderem nos aconselhar para darmos seguimento a nossa pretensão”.
No mesmo dia 6 de Abril, a carta deu entrada no gabinete da administradora de Nacala, e somente no dia 11 é que a resposta veio com uma negação.
Amilton Muianga, chefe do Gabinete da Administradora de Nacala, foi quem transmitiu a resposta e/ou despacho, afirmando que “já existe um empreiteiro para o efeito”.
Na posse das duas cartas, o Ikweli fez diligências para apurar se algum trabalho está em curso no local, mas a realidade é que nada está acontecendo e as mulheres/utentes daquela infra-estrutura estão a sua sorte, praticando as suas necessidades biológicas em locais inapropriados.
Nosso correspondente observou situações de crise humanitária, enquanto os políticos jogam a situação para o favoritismo partidário. (Aunício da Silva)