Nampula (IKWELI) – A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, recolheu para as suas celas uma mãe e sua respectiva filha, por terem sido flagradas na posse de 138 bolinhas de cannabis sativa (soruma), equivalente a 500 gramas, no bairro de Carrupeia, nos arredores do maior centro urbano do norte do país.
As duas mulheres, de 44 e 25 anos de idade, respectivamente, segundo informação da polícia dedicam-se a venda e consumo de diferentes tipos de droga.
“Sou residente de Carrupeia, e estou aqui na esquadra por causa de um televisor que compramos eu e minha filha, mas que não sabíamos da sua proveniência. Depois de efectuarmos o pagamento descobrimos que era roubado e que a pessoa que vendeu para nós encontrava-se foragida até que vimos agentes da polícia a entrarem na nossa casa”, contou a mãe.
E foi nessa operação policial que a dupla foi descoberta como, também, sendo traficante de drogas.
A indiciada, junto da sua filha, assume ser vendedeira de soruma, e que era fornecida por um indivíduo proveniente do distrito de Eráti, que se mudou para aquela parcela da província de Nampula há um tempo não longínquo. Portanto, dizem estar arrependidas pelo facto de se engrenarem naquela via para sobreviver.
“O que aconteceu é que há uma senhora que veio com polícias em casa a fim de reaver o seu televisor que antes compramos, porém, quando chegaram encontraram-nos quando vendíamos esse produto (soruma). Nós é que vendíamos e era o nosso negócio. Vendemos esse produto há quatro meses e fazíamos porque precisávamos de sustento”, revelou a filha detida, que depois acrescenta que o fornecedor vem de Eráti.
As indiciadas dizem estar ciente antes que vender drogas constitui crime no solo pátrio, mas negam serem consumidoras. Igualmente, contam que cada bolinha enrolada de cannabis sativa vendiam a preço de 10,00Mt (dez meticais).
Por sua vez, o chefe do departamento de Relações Públicas no comando provincial da Polícia da República de Moçambique, Dércio Samuel, referiu que após a neutralização em flagrante delito, as duas indiciadas foram conduzidas às celas da 1ª Esquadra, por onde aguardam pelos trâmites legais para serem responsabilizadas.
Na ocasião, Dércio Samuel renovou o comprometimento da corporação em desenvolver actividades de investigação que visam desmantelar os locais de venda e consumo de estupefacientes na mais populosa província do país, Nampula.
Através da Imprensa, o chefe do departamento de Relações Públicas sublinhou que “o crime não compensa. Apelamos que deixem de praticar os actos criminais porque a polícia não descansará enquanto não neutralizar todos os responsáveis dos actos criminais”. E mais, “para o caso de venda de estupefacientes, a polícia continuará a desenvolver actividades de desmantelamento daqueles locais conhecidos por boca de fumo, para que os vendedores, tanto os consumidores, sejam responsabilizados criminalmente”, concluiu. (Esmeraldo Boquisse)