Nampula (IKWELI) – O governador de Nampula, Manuel Rodrigues, mostra-se preocupado pelo facto de ao nível da província mais populosa de Moçambique existirem estabelecimentos hoteleiros que não fornecem serviços de qualidade aos seus clientes, conforme o número de estrelas que os mesmos ostentam.
Com o alívio de parte significativa das medidas restritivas devido a pandemia da covid-19, espera-se que a província de Nampula venha registar maior fluxo de hóspedes tanto nacionais assim como internacionais, mas o maior receio de Manuel Rodrigues é que as expectativas dos visitantes sejam defraudadas por alguns operadores do ramo hoteleiro, devido às péssimas qualidades dos serviços por si prestados.
Recentemente, Manuel Rodrigues efectuou uma visita de monitoria a direcção provincial de Cultura e Turismo de Nampula, onde de entre várias recomendações, exortou para se avançar com trabalho cerrado de inspecção às estâncias hoteleiras de modo que as mesmas proporcionem aos seus clientes, serviços de qualidade e proporcionais ao número de estrelas por elas ostentadas.
“Continuar a articular com INAE (Inspecção Nacional de Actividades Económicas), com vista a garantir que as nossas estâncias hoteleiras prestem serviços de qualidade que correspondam ao número de estrelas que ostentam”, referiu Manuel Rodrigues.
Segundo o governador, “muitos hotéis têm ali 3 ou 5 estrelas, mas você entra lá dentro não tem nada que, de facto, justifica que é um hotel de 3, 4, 5 estrelas”.
Igualmente, o governante desafiou ao sector que vela pela cultura e turismo, naquela província do norte de Moçambique, a fazer com que os direitos dos autores das diversas artes sejam observados. “É preciso, também, intensificar trabalho coordenado com INAE e outros actores para que haja respeito na nossa província em termos do direito do autor, daí todos envolvidos nessa área devem garantir esse respeito de direito do autor”, sublinhou a fonte.
Paralelamente, “é preciso que as casas de cultura estejam a desempenhar exactamente as funções pelas quais foram criadas, que é fundamentalmente de ocupar os jovens e fazer descobertas de novos talentos. Igualmente, é preciso fazer tudo para que os jovens sintam nas casas de cultura como seu palco para a realização dos seus sonhos, ao invés de enveredar pelas actividades que não são úteis para o desenvolvimento”, continuou o governante.
Por outro lado, Manuel Rodrigues reiterou a necessidade de se manter encontros regulares com várias associações de músicos, artesãos, operadores turísticos, “por forma a incutir a eles a ideia da união, não só, como forma de podermos auscultar as suas preocupações e encontrar juntos as soluções. Muitas vezes eles acabam ficando a murmurar porque não sabem que o governo não tem essa veia… Então, primeiro para encorajar ou mobilizar para que as várias formas de ser e estar, sejam organizadas em associações”, disse. (Constantino Henriques)