Pemba (IKWELI) – Residentes dos distritos de Nangade, Macomia e Meluco, na província de Cabo Delgado, continuam a fugir dos ataques terroristas, mesmo diante das conquistas que as Forças Armadas de Defesa (FDS) e seus aliados tem vindo a lograr.
Esta situação, corresponde ao aumento da crise humanitária, num contexto de muita pompa das autoridades sobre a destruição das principais bases e captura de principais líderes terroristas e o controlo da situação de violência armada no centro e norte de Cabo Delgado.
Os esforços do governo e seus parceiros, para controlar a violência armada na nortenha província de Cabo Delgado, ainda não são capazes de conter o alargamento de focos de ataques nestes três distritos. Até porque para Macomia e Meluco, de acordo com dados apurados pela nossa reportagem, a violência armada, expandiu-se para novas zonas.
No caso concreto, no distrito de Meluco, nos últimos dias, foram atacadas as comunidades 1° de Maio, Pitolha, Mariria e Citati. Estas incursões aconteceram quase uma semana depois de ataque a Nangololo e Imbada, na mesma divisão administrativa.
No distrito de Macomia, a violência ocorreu na aldeia Nova Zambézia e aldeia Nkoe mais para o interior. Houve registos de mortes e palhotas queimadas.
Em Nangade, nas últimas duas semanas, a violência armada abrangeu, as comunidades de Nkonga, 5º Congresso, Unidade, 03 de Fevereiro e Litingina, só para citar.
Nestas comunidades, dos três territórios administrativos, segundo apurou a nossa reportagem, além de mortes, muitas famílias foram forçadas a abandonar as suas casas, machambas e outros bens, tendo alguns percorrido mais de 100 quilómetros a pé para os locais de consideraram seguros.
O Ikweli, sabe que as vilas de Macomia, Nangade, as cidades Pemba e Montepuez e em alguns centros de deslocados de Metuge e Ancuabe, (por exemplo Nanjua) são alguns dos locais onde as famílias deslocadas escolheram para começar de zero. (Redação)