Nampula (IKWELI) – A crise de água potável na cidade de Nampula continua sendo uma realidade incontornável, mesmo com as soluções paliativas que a entidade gestora do sistema público de fornecimento do precioso líquido tem estado a procurar.
Esta situação faz com que muitas agendas familiares fiquem reféns da disponibilidade de água, tanto que na transição de ano de 2021 para 2022 muitas delas tiveram que relegar ao segundo plano os ambientes festivos.
Entre o dia 31 de Dezembro de 2021 e dia 1 de Janeiro de 2022, a maior agitação, para além das lojas de compra de vestuários, estava à procura de água. Camiões, camionetas, viaturas pequenas e fechadas carregavam o quanto podia de recipientes para procurar a água.
Em outros casos, eram mulheres, raparigas e crianças que, com balde na cabeça, procuravam uma fonte para captar a água, e a distância passou a não ser preocupação, importando, apenas, a vontade de conseguir água para consumo humano.
No meio disso, não faltou oportunidade para criticar-se o trabalho do Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG) que, por diversas vezes, veio a público gabar-se que com os 10 novos furos de captação abertos em Namiteca a situação estaria minimizada.
Já nos finais do mês de Dezembro de 2021, o Director-Geral do FIPAG, Victor Tuacale, visitou as infra-estruturas de Namiteca e garantiu que estavam a funcionar em pleno, mas os que seriam os maiores beneficiários, residentes de Muhala e Muahivire, não sentiram isso, tanto que tiveram de acordo cedo para procurar água.
Anifa Hilário, residente de Muhala Expansão, disse que teve, por diversas vezes, de acordar as 3h da madrugada para procurar água, e muitas vezes “não encontro”, por isso nos dias festivos não escondem a sua dor de não poder ter água.
A mesma fonte disse que “vi na televisão o director geral do FIPAG a dizer que durante essa passagem do ano, aqui nosso bairro, não teríamos problemas de água, mas desde o dia que ele falou, até agora, não vi nenhuma diferença sobre essa situação de abastecimento de água”.
O senhor Almeida Mussa, também, transitou de ano procurando água para a sua família, e conta que “voltei as 2horas do meu passeio, mas não poderia descansar porque estava sem água para beber”, por isso pede “para que os dirigentes do FIPAG sejam sinceros com está situação de abastecimento de água, porque a situação é muito séria e preocupante. Não faz sentido toda hora aparecerem nas televisões e falarem que água vai sair para depois não vermos nada”. (Hermínio Raja)
Esses srs da Fipag foram a represa da Quinta do Galo Natikir e fizeram levantanrnto inclusive tem um sistema ja lá montado a mais de 2 anos..e não se pronunciam…estão a mentir a população..
Quem de direito veja esta situação