Detido por falsificar moeda: “C4 Pedro” de Namicopo acusa a Polícia de persegui-lo

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Nampula (IKWELI) – O renomado artista no mundo do crime, vulgarmente conhecido por C4 Pedro de Namicopo, diz sofrer perseguição sem precedente protagonizada por alguns agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, facto que concorre para a sua constante presença nas celas.

C4 Pedro de Namicopo fez a transição de ano nas celas da PRM na cidade de Nampula, mais uma vez acusado de roubo de motorizadas, bem como a falsificação de notas da moeda moçambicana, o Metical.

Falando a jornalistas, na 1ª Esquadra da PRM na cidade de Nampula, C4 Pedro, cuja identidade real omitimos por presunção de inocência, confessa ter se envolvido na prática de vários crimes, mas no passado, e que agora alega ter se regenerado e que leva uma vida aplaudida pela sociedade, por isso acusa aos membros da corporação de orquestrar uma montagem para a sua recente prisão.

No entender do “artista”, uma das razões que lhe faz com que não viva muitos dias fora da cadeia, é pelo facto de ter rejeitado ser facilitador de alguns membros da PRM na prática de vários crimes.

“Conheço os policiais que fizeram essa montagem, são os policias Hélder, Vampucha e Zito. Eu conheço esses, porque queriam que eu fosse “fonte” deles (trabalhar para eles no mundo do crime), mas eu não admiti isso”, refere o indiciado.

“Não conheço nada sobre aquelas notas falsas. A polícia está a mentir para mim. Essa aí é uma montagem que eles estão a fazer para mim”, continuou acrescentando que “doutra vez que entrei preso foi por causa de compra de bens roubados, mas desta vez não roubei, somente fui comissionista. Esta vez fui comissionista na compra de uma motorizada, não comprei, não”.

Refira-se que a última vez que o C4 Pedro esteve na prisão data de Abril de 2021, um espaço que, segundo reiterou, não desejaria de voltar. “Eu não sou membro de nenhum grupo de criminosos. Já deixei há muito tempo. Eu era, mas já deixei, não quero mais”, frisou.

Questionado sobre as razões para se identificar de C4 Pedro, alcunha de um famoso cantor angolano, da actualidade, respondeu que “não sei dizer porque sou chamado de C4 Pedro, até já estou arrependido por ser chamado por esse nome. Já estou arrependido e não sei como é que eu encontrei esse nome. Estou arrependido por ser C4, também estou arrependido por todas as coisas de marginalidade”.

Entretanto, Zacarias Nacute, porta-voz da PRM em Nampula, mostrou-se chateado pelo contra-ataque do indiciado. Segundo recordou Nacute, a polícia veio para salvaguardar os interesses da população, não ao contrário.

“O principal objectivo da polícia é a garantia da ordem e segurança públicas e este indivíduo, C4 Pedro, é um indivíduo que atenta com este preceito”, disse Nacute, descrevendo que “desta vez, um dos indivíduos que se encontra aqui sob nossa custódia é o amigo de C4 Pedro, foi neutralizado na posse de notas falsas e no processo de questionamento sobre a proveniência das notas e da existência de mais moedas esse indivíduo apontou-nos ao C4 Pedro. Devidamente legal fez-se um trabalho e constatou-se que o mesmo guardava em sua residência notas falsas de mil meticais e, não havendo outra situação, esse indivíduo foi encaminhado às nossas subunidades policiais”.

“Importa lembrar que C4 Pedro já foi detido nas nossas subunidades policiais por furto de motorizadas, assalto a residências e outros crimes que eles vinham cometendo na via pública. Portanto, é um indivíduo reincidente, incorrigível, daí que pode, em algum momento, tentar acusar a polícia por esses seus actos, mas todo mundo sabe que C4 Pedro é um criminoso e, mais uma vez, encontra-se em nossas subunidades policiais por mais um acto que ele cometeu”, reiterou a fonte.

Refira-se que o tal C4 Pedro, é um jovem de 29 anos de idade, natural da cidade de Nacala e residente no mais populoso bairro de Namicopo, na cidade de Nampula.

Para além de C4 Pedro, a PRM em Nampula deteve três outros indivíduos em conexão com a falsificação da moeda nacional, outros três por tráfico de 17,5 quilogramas de cannabis sativa (suruma) e outros dois por falsificação de documentos. (Constantino Henriques)

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