Nampula (IKWELI) – A cidade de Nampula, maior centro urbano do norte de Moçambique, continua a registar um movimento desusado pessoas que procuram comprar vestuário para a festa do fim do ano, depois de na semana passada ter se observado, também, tamanha agitação.
A reportagem do Ikweli passou por diferentes pontos da cidade, onde observou enormes aglomerados de pessoas que a todo o custo procuram, entre o interior das lojas e o seu exterior, conseguir uma peça de roupa para a passagem do dia 31 de Dezembro de 2021 para 1 de Janeiro de 2022.
Na rua dos Continuadores, bem próximo ao cruzamento do Parque dos Continuadores, a agitação era tanta que, nem se quer, as pessoas portavam máscara de proteção facial e muito menos higienizavam as mãos.
Ainda na mesma rua, concretamente nas imediações da rua 3 de Fevereiro e na entrada da rua dos bombeiros, contornando pela rua Armando Tivane, quase que era impossível manter a mobilidade. As viaturas não conseguiam circular, porque há ainda o caso de comerciantes que decidiram estender as suas mercadorias nos passeios.
Não são somente os residentes da cidade de Nampula que estão agitando a urbe, há gente vinda de quase todos os distritos da província, bem como de principais centros urbanos das províncias vizinhas.
“Eu vim de Alto Molócuè para comprar roupa e ir revender”, conta Angelica Brito, que refere que “na semana passada vim comprar para o Natal e ganhei muito dinheiro”.
Titos Adão reside na cidade de Cuamba, na vizinha província do Niassa, e teve de se deslocar, na companhia da sua esposa, para a cidade de Nampula, com o objectivo de adquirir roupa e viveres.
“Vínhamos comprar roupa para nós, para nossos filhos e alguns parentes. Também, vínhamos comprar comida que não temos lá”, avança Titos.
Ao longo das avenidas Eduardo Mondlane, 25 de Setembro, Paulo Samuel Kankhomba, Francisco Manyanga e do Trabalho a agitação é ainda maior. Cada ponto com mais gentes jamais vista na autarquia liderada por Paulo Vahanle.
De Namapa, vila sede do distrito de Eráti, chegou o jovem Amadeu Tomas, o qual aceitou gravar entrevista com o Ikweli, afirmando que “eu vinha comprar minha roupa. Assim que consegui dinheiro vim a correr para aqui, porque lá em Namapa a roupa custa muito cara”.
De Mecubúri, com o mesmo propósito, deslocou-se para Nampula a jovem Celma Pedro, a qual diz que “estamos a organizar uma festa com os meus amigos e eu vim comprar a roupa, camisetes brancas, para todos usarmos o mesmo modelo”.
Não menos importante, é o facto de agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), que estão a fazer o patrulhamento, estarem a observar de forma serena e desatenta a situação. (Redação)