Nigerianos detidos pelo SERNIC por tráfico de drogas em Nampula

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Nampula (IKWELI) – O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), em Nampula, deteve, esta semana, dois cidadãos de nacionalidade nigeriana por seu envolvimento nos esquemas de tráfico e consumo ilícito de drogas no país.

Para além dos dois cidadãos de nacionalidade nigeriana, o SERNIC deteve, também, outros dois moçambicanos sendo um homem e uma mulher, por sinal a esposa do chefe do grupo dos nigerianos. Aliás, o referido chefe dos nigerianos traficantes de drogas, para sonegar as entidades que lidam com investigação no país, as documentações das viaturas envolvidas no transporte de drogas vinham em nome da moçambicana (Deise).

“A partir do nome do marido da Deise que nós tínhamos, se as viaturas estivessem registadas em nome dele facilitaria aquilo que eram as investigações”, referiu Enina Tsinine, porta-voz do SERNIC em Nampula.

O referido grupo de nigerianos é proprietário de 36 quilogramas de droga apreendida em Junho do ano em curso, no controlo de Matibane, distrito de Nacala em Nampula. Aliás, na ocasião o SERNIC conseguiu deter apenas o motorista do referido camião, mas que depois das diligências foi possível encarcerar os outros quatro, totalizando cinco e a meta actual passa por neutralizar o alegado proprietário das referidas drogas.

A droga em causa tinha como ponto de entrada a cidade de Nacala, com destino para Maputo e África do Sul onde seria comercializada e consumida.

Segundo recordou Enina Tsinine, a investigação que culminou com a detenção do grupo dos traficantes iniciou-se em 2020, altura em que foi reportada a existência de um grupo que se dedicava ao tráfico de drogas ao nível do distrito de Nacala. Aliás, a fonte fez saber que o mesmo grupo antes estava instalado em Cabo Delgado e viu-se obrigado a abandonar por, alegadamente, enfrentar uma vez que os indiciados não tinham residência naquele ponto de Moçambique e Nacala encontraram o solo fértil para a prática criminosa.

“O seu irmão é que orquestrava o esquema, na medida em que ele organizou um sítio de alojamento no distrito de Nacala e tinha como missão a recepção de droga que fosse descarregada nos contentores em Nacala e posterior distribuição nas viaturas que eram registadas em nome da Deise”, disse Enina Tsinine.

Nem toda riqueza dos estrangeiros em Moçambique vem das práticas honestas

A porta-voz do SERNIC em Nampula explicou no acto de apresentação daqueles traficantes de drogas que, alguns cidadãos de origem estrangeira quando chegam a Moçambique, muitas das vezes simulam fixar algum tipo de actividade comercial lícita só para não serem suspeitos das suas práticas satânicas.

Deu exemplo do recente grupo dos nigerianos traficantes de drogas que ao chegarem a Moçambique fingiram serem vendedores de acessório de móveis, quando na verdade a principal actividade é o tráfico de drogas.

“Como é um cidadão estrangeiro não poderia estar no país sem que exerça alguma actividade comercial ou algo que justifique a sua estadia, o Kristian foi obrigado a abrir um negócio de venda de acessórios e assim ele conseguiria facilmente disfarçar as investigações das autoridades do SERNIC para que os mesmos não fossem descobertos”, continuou a fonte.

“Os dois irmãos tinham outra missão que era de transportar com a facilidade que eles tinham de serem naturais de Nampula, em particular o distrito de Nacala. Eles tiravam as drogas nos camiões bem como noutros minibuses com destino a Maputo, concretamente na praça de Touros, onde o Mound (o chefe do grupo dos nigerianos) tinha lá seu estabelecimento comercial, também de disfarce, porque na verdade, o comércio que ele se dedica é o comércio de drogas”, precisou a porta – voz do SERNIC em Nampula. (Constantino Henriques)

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