Nampula (IKWELI) – A Universidade Lúrio (UniLúrio), com sede na cidade de Nampula, promoveu na manhã desta terça-feira (16), no campus de Marrere, um simpósio de divulgação de um dispositivo de inteligência artificial.
Trata-se de uma experiência tecnológica capaz de diagnosticar doenças oculares, sobretudo a cegueira.
A tecnologia trazida pelo Governo japonês, através da Universidade Ehime, é considerada pela comunidade universitária da UniLúrio como um meio-termo na busca de soluções de problemas de saúde ocular da população, dada a sua importância na evolução da ciência e da tecnologia no sector da saúde. Neste processo, a UniLúrio far-se-á representar pela Faculdade de Ciências de Saúde, através do seu programa Um Estudante Uma Família.
“O mérito da tecnologia para nós advém do facto de que o aumento da cegueira, no nosso país, poderá contar com este aplicativo para facilitar o trabalho dos optometristas e de outros profissionais da saúde nas zonas mais remotas onde há falta de pessoal de saúde especializado”, apontou Leda Hugo, Reitora da Universidade Lúrio, no seu discurso de abertura do simpósio.
De acordo com a reitora, é pela primeira vez que a instituição que dirige participa no lançamento de uma Câmara de Lente Inteligente, uma ferramenta usada para fazer o diagnóstico de doenças oculares. Até porque este é um facto que, segundo as suas palavras, anteriormente só era possível realizar em presença de um clínico especializado em saúde ocular.
Na ocasião, a Leda Hugo explicou que a UniLúrio vai participar na testagem, beneficiando as famílias abrangidas pelo seu programa, através da ligação duradoura e mútua que possui entre os profissionais e a comunidade. Igualmente, na segunda fase do chamado dispositivo de Inteligência Artificial espera-se o alargamento do mesmo e a sua aplicação em diagnósticos clínicos em todo o território nacional.
“Gostaríamos de enaltecer os esforços da nossa universidade de trazer parcerias e soluções, cada vez mais avançadas, aos problemas que a sociedade moçambicana apresenta, com recurso a investigação científica, inovação e divulgação do conhecimento para as comunidades. Para tal, afigura-se importância o alargamento das parcerias e sinergias com o mundo, apostando naturalmente na inovação tecnológica”, destacou Leda Hugo. (Esmeraldo Boquisse)