Nampula (IKWELI) – A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, fez apreensão na última terça-feira (09) de uma quantidade não especificada de drogas que estava sendo comercializada numa residência localizada no bairro urbano central, concretamente na Rua Filipe Samuel Magaia (Rua das Flores) na cidade de Nampula.
Trata-se da maior quantidade de estupefacientes apreendida na história das operações das esquadras policiais em Nampula. Das drogas, ora apreendidas, destaca-se canábis sativa (suruma), metanfetamina, “touro”, bolinhos feitos a base chocolate, entre outros tipos não especificados.
Contrariamente as anteriores apreensões, desta vez foi possível se interpelar os proprietários das drogas, que com o seu auxiliar encontram-se sob custódia policial. Aliás, a elevada quantidade de droga, como adjectiva a corporação, foi flagrada a ser comercializada na residência do alegado proprietário do produto.
“Esse produto foi apreendido na posse de um cidadão na Avenida Filipe Samuel Magaia, vulgo rua das Flores, área de jurisdição da 1ª Esquadra. Foi um trabalho que a 1ª esquadra vem levando há um mês no processo de investigação e ontem (dia 9 de Novembro de 2021) no período das 16 às 24 horas a 1ª Esquadra conseguiu apreender esse produto e a detenção de dois indivíduos que estiveram directamente conectos ao produto”, começou por dizer Zacarias Nacute, Porta – voz da PRM em Nampula.
“Em termos de quantidade ainda não foi especificada, mas podemos afirmar que do trabalho feito a nível de Nampula esta é a maior apreensão numa esquadra”, destaca Nacute, para quem “damos parabéns a nossa PRM por tirar em circulação esse produto que é bastante nocivo a saúde dos nossos cidadãos ao nível da província”.
Nacute não veda a possibilidade de existirem outros focos de comercialização e consumo de estupefacientes a nível da província mais populosa de Moçambique, mas “o que a polícia teve foi uma investigação sobre um foco de venda de canábis sativa e outros tipos de estupefacientes e acreditamos nós que esse era o fornecedor de outras bocas a nível da nossa cidade de Nampula, daí que acreditarmos termos estancado em grande medida a venda e consumo de drogas ao nível da nossa província”.
Segundo garantias daquele porta-voz, “esse trabalho irá continuar até que a PRM possa sentir de que o comércio de drogas e todos outros produtos do tipo estupefaciente não sejam mais efectivos ao nível da nossa província”.
A droga veio de Maputo
O suposto proprietário da referida droga nega o seu envolvimento e avançou que o produto parou na sua residência em resultado de uma encomenda vinda de Maputo, a mando do seu conhecido que identificou como Afonso.
“Estou detido porque foram apanhadas algumas caixas na minha casa. As caixas estavam seladas por isso não sabia o que se tratava. As caixas vieram do Maputo, quem trouxe é um senhor de nome Afonso. Eu não sabia o que tinha lá dentro, quando trouxe era para fazer entrega, depois ia-me dar a orientação. Se soubesse do que se tratava acho que a recompensa podia ser maior”, abreviou o alegado proprietário, cuja identidade omitimos.
“Ainda não sei dizer porque estou detido”, começou por se posicionar J.M.B, jovem que facilitava o processo de entrega do estupefaciente aos respectivos clientes. “Eu aceitei trabalhar como um guarda – segurança numa casa que pertence ao senhor que está detido comigo”, prosseguiu a fonte, para quem “na minha íntegra o que eu queria era fazer o trabalho e seguir o que o patronato dizia, o que me entregavam para dar alguém fora eu nunca quis saber o que se tratava, apenas levava e entregava (aos clientes). Não podia negar o que era mandado porque são meus patrões”, referiu.
“As pessoas que eu entregava não conheço e não sei dizer a sua nacionalidade, mas só sei dizer que eram pessoas que têm condições porque vinham de carro, as duas pessoas”, precisou a fonte. (Constantino Henriques)