Academia Militar Samora Machel recorda os ideais do seu patrono

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Nampula (IKWELI) – A Academia Militar Marechal Samora Moisés Machel, na cidade de Nampula, tem vindo a empreender esforços no sentido de manter os ideais do seu patrono, falecido em acidente aéreo há 35 anos.

Neste ano, segundo apurou Ikweli do porta-voz da instituição, Gabriel Fermeiro, no corrente ano serão promovidos eventos para celebrar a vida e obra do primeiro presidente de Moçambique.

“A Academia Militar continua com os mesmos valores e património que serviu a escola militar. O decreto que aprova a academia militar diz que ela herda os valores e património da escola militar, ou seja, herdou o nome e as instalações, por isso assim estamos a funcionar”, explicou Fermeiro, consubstanciando que “a Academia Militar Marechal Samora Moisés Machel tem como missão formar quadros permanentes das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e desenvolver o ensino, pesquisa e extensão de apoio às comunidades”.

Gabriel Fermeiro que, também, é o chefe do Departamento de Pesquisa e Extensão afecto na Academia Militar Marechal Samora Moisés Machel sublinha a unidade nacional, o espírito de camaradagem, o patriotismo, ética e deontologia profissional como sendo alguns dos principais valores que aquela instituição de ensino superior militar cultiva.

Ora, sem, no entanto, detalhar, o nosso entrevistado aponta a falta do campo prático para os estudantes, mas que actualmente foi superado, dado que a formação é constante e permanente, os homens formados antes de encerrarem são testados, passam por diversos teatros operacionais como forma de teatro. Ademais, “tentamos ao máximo pautar pela qualidade e excelência nos jovens que aqui são formados para corresponder aos actuais desafios, não só desafios na situação de teatro operacional, como, também, na sociedade em geral, porque os jovens aqui formados podem prestar as suas actividades em diversos sectores que não sejam puramente militares, mas que sirvam para o Estado moçambicano”.

Referindo-se a figura do seu patrono, o chefe do Departamento de Pesquisa e Extensão destaca os valores que caracterizam a academia, como sendo as formas existentes encontradas para manter e/ou preservar os ideais do então primeiro presidente de Moçambique independente, Samora Moisés Machel.

“O Presidente dizia que nós não nos amamos porque não nos conhecemos…, então é o que a academia militar tem feito no seu dia-a-dia entre os moçambicanos, sobretudo os oficiais, docentes, técnicos administrativos e os cadetes. Temos aqui o sector de Educação Cívica e Patriótica que responde pelos aspectos ligados aos valores da pátria e ou a cidadania”, recordou a fonte, para depois acrescentar que “desde o dia 12 de Outubro corrente estamos a realizar actividades culturais e palestras, formas estas que temos encontrado para enaltecer e exaltar a figura do Presidente e patrono da Academia Militar”.

“Compreendemos que os tempos mudam, e acompanhado pelas vontades do homem alguns valores podem ser decadentes. Portanto, a sociedade actual, sobretudo, jovens que saibam seleccionar o útil do agradável. Nem tudo aquilo que foi do passado é errado, tampouco aquilo que foi do passado foi bom. Temos de saber que nem tudo que é nosso é bom, o importante é sabermos conciliar as exigências actuais. Nós não podemos abandonar certas práticas só por serem do passado, nem podemos usar porque foram as práticas dos nossos antepassados, isso não é admissível”, comentou o nosso entrevistado.

Enquanto isso…

Quando questionado sobre a suposta infiltração de jovens nas fileiras dos terroristas na vizinha província de Cabo Delgado e a exortação à esta camada social, o porta-voz da Academia Militar Marechal Samora Moisés Machel começou por afirmar que “não posso dizer muitos comentários relactivos a paz naquela província, porque os colegas ainda estão com as armas na mão, ainda estão a combater. O que se quer é que se baixe as armas até o último terrorista abandonar o solo pátrio, isso é muito importante, porque enquanto não acontecer nas forças armadas não se pode decretar paz”.

Com isso, a fonte pretende dizer que “o inimigo não pode ser medido em função do número, mas sim em função da sua presença num certo território. Quanto à juventude, apelo que ponham a mão na consciência, Moçambique é nosso. Eles devem saber escolher o quê que é importante nas suas vidas, se é ir viver nas matas para um futuro incerto ou querem continuar com pelo menos o mínimo que hoje têm e tentar criar melhores condições de vida. Não quem lhes garante de que aliando-se aos insurgentes eles terão futuro melhor porque pelo menos ainda não temos prova de quem já fez parte no grupo dos insurgentes e teve sucesso”.

Numa outra abordagem, o porta-voz referiu-se à situação da pandemia da Covid-19 dando a conhecer que constitui desafio a gestão do corpo docente da Academia Militar que na sua maioria tem saídas frequentes, daí a necessidade de se envidar mais esforços para preveni-los da pandemia que assolou o mundo e o país em geral. Porém, garante tudo estar apostos para o respeito protocolo sanitário naquela instituição de ensino superior militar, localizada na cidade de Nampula, região norte do país. (Esmeraldo Boquisse)

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