Nampula (IKWELI) – Os assaltos a cidadãos na via pública, a maioria protagonizada por indivíduos que se fazem transportar em motorizadas, constituem uma preocupação dos munícipes da cidade de Nampula, e como tal há uma perturbação da ordem e a tranquilidade públicas.
Conhecidos por “águias”, os motoqueiros ladrões, também, afectam a mobilidade urbana, provocando congestionamento na maioria das avenidas e ruas da urbe, como estratégia de assaltar pessoas que não conseguem movimentar-se com facilidade.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) tem, manifestamente, anunciando que está no encalço dos tais águias, e quis o destino que um fosse capturado na semana passada, por isso, já detido nas celas da 4ª Esquadra da corporação, o departamento de Relações Públicas do comando provincial mobilizou a imprensa para exibir o indiciado.
Zacarias Nacute, porta-voz da PRM em Nampula, foi quem explicou a imprensa a versão elaborada pela polícia sobre o indiciado, e segundo conta, o mesmo para além de ser um operador de táxi de mota, em conluio com outros comparsas assaltava pessoas na via pública, e preferencialmente apoderavam-se de telefones celulares.
A fonte esclarece que o indivíduo foi detido em flagrante delito, em plena via pública, na posse de uma motorizada e telefones celulares de origem duvidosa.
Com apenas 17 anos de idade, o suposto “águia” confessa o seu envolvimento no roubo, mas diz ser a sua primeira vez. “É a minha primeira vez”, disse o adolescente, prosseguindo que “estou aqui detido porque roubamos telefone, estava com um jovem, o mesmo que agrediu, e quando queríamos fugir na perseguição com a polícia nós caímos e logo fomos pegues pela autoridade”.
Na mesma ocasião, a Polícia apresentou um outro indivíduo, por sinal ajudante de uma viatura de transporte de mercadorias, o qual está sendo indiciado de ter furtado, pelo menos, 500 quilogramas de feijão ervilha.
Nacute disse que este indiciado seguia a Nacala, oriundo do distrito de Milange, na província da Zambézia.
Por seu turno, o ajudante nega a acusação da polícia, e diz estar ciente que a sua detenção é ilegal. “Eu não sou ladrão, meu serviço é ser transportador”, disse esta fonte, concluindo que “o feijão é uma encomenda e eu apenas fui descarregar na minha casa para depois levar para Nacala”. (Texto: Nelsa Momade *Foto: Hermínio Raja)