Nampula (IKWELI) – Um grupo constituído por quatro jovens de nacionalidade moçambicana e residentes na cidade de Nacala, na província de Nampula, caiu nas mãos do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), na semana finada, por seu envolvimento no esquema de tráfico ilegal de pangolim, uma das espécies faunísticas protegidas no país.
O pangolim é uma das espécies protegidas pelo facto de estar em via de extinção, daí que o abate e tráfico constitui um crime nos termos das leis vigentes no território Moçambicano. Aliás, as penas por tráfico ilegal daquele tipo de animal, chega até 16 anos de prisão.
O animal em causa, segundo apuramos, pesa oito quilogramas (8kg) e foi encontrado numa das florestas localizadas no interior do distrito de Memba, em Nampula, e depois levado a cidade de Nacala para fins de comercialização. Refira-se que, no mercado informal, aquele tipo de espécie animal está avaliado em cerca de um milhão e quinhentos mil meticais (1.500.000,00MT), tendo em conta que cada quilograma das escamas é comprado cerca de 186.000,00MT, e 62.000,00MT da sua carne.
Em conformidade com Enina Tsinine, porta-voz do SERNIC em Nampula, os referidos jovens foram neutralizados pelo SERNIC durante o processo de negociação com os prováveis compradores e, e o preço por eles fixado foi de duzentos e cinquenta mil meticais (250.000,00MT).
“Estamos perante uma situação de tráfico de espécie faunística protegida, nesse caso falamos, concretamente, de um pangolim, em que um cidadão teria levado na mata do distrito de Memba para Nacala onde pretendia comercializar, e como não foi possível encontrar o cliente na cidade de Nacala acabou mandando um dos seus elementos com fim de negociar e com a força operativa (o SERNIC) passou de um comprador e das negociações feitas levou a detenção de um dos elementos que era o negociador e que nos conduziu ao distrito de Nacala onde encontramos outra quadrilha bem como o pangolim em causa”, disse Enina Tsinine, porta-voz do SERNIC em Nampula.
Entretanto, os quatro jovens disseram a imprensa não serem proprietários daquele animal e alegaram que receberam o convite pelo “legítimo proprietário”, por sinal um madeireiro que opera no distrito de Memba, com vista a flexibilização do processo negocial. Aliás, segundo alegaram, o desconhecimento de lei concorreu para anuir o seu envolvimento naquele acto criminal.
Enina Tsinine disse, por outro lado, que as diligências continuam com vista a neutralização do presumível proprietário do referido pangolim.
Para o animal em alusão, segundo apuramos, foi transladado, ainda na semana passada, para a reserva do Niassa onde será fixada sua nova moradia. (Constantino Henriques)