Deslocados enfrentam dias difíceis em Nangade

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deslocados passam fome em Nangade

Nangade (IKWELI) – A situação humanitária por que passam os deslocados de guerra que estão acolhidos, em um antigo armazém de castanha de caju, no distrito de Nangade, província de Cabo Delgado, está cada vez mais degradante.

No local, os nossos correspondentes observaram que falta um pouco de tudo, e a sobrevivência diária é complexa. Por vezes as crianças amanhecem e dormem sem esperança de, sequer, ter uma refeição.

A assistência alimentar, providenciada pelo governo e seus parceiros, há muito que deixou de ser regular naquele ponto de Nangade-sede, e a última vez, cuja data os deslocados não se recordam, foi a Médicos Sem Fronteira quem providenciou.

O Instituto Nacional de Gestão de Desastres e Riscos (INGD) tem, por vezes, providenciado a assistência alimentar aos mais de 300 deslocados, mas em quantidades ínfimas e que não satisfazem as reais necessidades.

Outro dado notado pelos nossos correspondentes tem em conta as condições que as pessoas dormem no local. “Dormimos em lonas oferecidas pelos Médicos Sem Fronteira”, conta uma deslocada entrevistada pelo Ikweli.

Diante destas dificuldades, as famílias procuram soluções locais para garantir a sua subsistência, e uma delas passa pelo corte e venda de combustível lenhoso, fabrico de cestos, incluindo a pesca na lagoa de Nangade. (IKWELI)

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