Nampula (IKWELI) – Os utentes da via de acesso que liga a rua da Unidade e a barragem de Nampula, no norte de Moçambique, queixam-se do seu avançado estado de degradação, o que contribui na danificação dos meios ali utilizados para o transporte de pessoas e bens.
Operadores de transportes semi-colectivo de pessoas e bens, incluindo o táxi de mota, são os mais sacrificados e para atingir os bons de carregamento e descarregamento vêm-se obrigados a esquivar buracos.
Com uma extensão de mais de 10 quilómetros, a via fica localizada no bairro de Napipine, nos arredores da maior autarquia do norte do país, e liga, para além da barragem, o centro de saúde de Niarro, a escola secundária da Barragem, o Estabelecimento Penitenciário Regional Norte, incluindo unidades fabris privadas.
O dilema começa a ser visível ao deixar a Rua da Unidade que liga a da França, no desvio do chamado Cemitério Velho, no bairro de Napipine. Daquela parte para diante o que se vê são buracos provocados pelas águas que vazam das condutas, entre outros fenómenos, propiciando desta forma, de acordo com os utentes, a ocorrência de acidentes de viação envolvendo moto taxistas, automobilistas e o peão que circula naquela estrada.
“A situação da nossa estrada não é das melhores nesta zona. Como se pode ver a partir do cemitério Velho, a estrada é caracterizada por buracos devido a água que sai dos tubos, outros ainda não sabemos qual é a causa. Por isso muitos casos de acidente são recorrentes nesta via, devido a estrada que está esburacada, facto associado ainda com a condução desregrada de automóveis e motorizadas, muitos deles andam a alta velocidade e a estrada não é larga”, disse Adolfo Afonso, jovem carpinteiro residente em Napipine.
De acordo com este cidadão, que falou em entrevista ao Ikweli, acredita-se ser do conhecimento das autoridades competentes, porém, tudo vai correndo sob olhar impávido de quem devia regularizar a situação.
“Periodicamente acontecem acidentes neste troço. Pouco se sabe do porquê não se resolve o problema. Circulam aqui altas figuras do estado quando se pretende visitar os estabelecimentos, sem falar dos formadores e formandos do Instituto de Formação de Professores que, diariamente, se fazem ao instituto, bem como os utentes da unidade sanitária do Niarro”, referiu João Rafael, operador de táxi moto, partilhando a mesma ideia com Castro Valentim, automobilistas que tem a rota de circulação de Cidade de Nampula/Niarro e vice-versa. (Esmeraldo Boquisse)