Chefe da Secretária da EPC de Injovola, em Murrupula, indiciado de violar sexualmente menor de 14 anos que sofre de autismo

Nampula (IKWELI) –O chefe da Secretária da Escola Primária e Completa (EPC) de Injovola, no distrito de Murrupula, em Nampula, é indiciado de ter violado, sexualmente, uma menor de 14 (catorze anos de idade), por sinal muda.

Uma fonte familiar da vítima denunciou o caso ao Ikweli, por desconfiar da celeridade do processo nos órgãos da administração da justiça, tanto pela tentativa de silenciamento inicial protagonizado por um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), afecto ao comando distrital de Murrupula.

“O acto aconteceu numa manha do mês passado, por volta das 8h. É uma menor, tem 14 anos de idade. Ela não fala. Ela quando é usada roupa não consegue falar sozinha”, começou por contar o tio da vítima, contextualizando que “o sujeito apareceu nessa manha e encontrou a menor sentada debaixo de um cajueiro a brincar sozinha. Levou a menor [naquela manha ele sempre chamava de amor a criança], e foi meter numa casa abandonada, onde ao lado tem um poço caseiro”.

Depois de consumando o acto, “a menor começou a chorar de lá dentro. As pessoas próximas àquela casa que estavam no poço correram para lá, e quando chegaram lá aquele senhor pôs-se a correr. As pessoas entraram naquela casa e encontrar a menina nua, totalmente, com algumas ranhuras de resistência ao acto no corpo. A roupa estava num canto daquela casa”.

Após a fuga, o indiciado refugiou-se num cemitério local, onde foi perseguido pelo pai da menor.

“O pai da menor quando se apercebeu do paradeiro, foi ao cemitério e ele pôs-se em fuga, quando o perseguiu foi encontrar-lhe num riacho”, nisso, segundo as narrações em nossa posse, o violador terá tentado negociar com o pai da vítima afirmando que “eu sou homem você é homem, te pecó as minhas sinceras desculpas, levar essa criança ao hospital e qualquer coisa eu vou assumir e o pai negou”.

Enquanto decorria o diálogo entre o pai da menor e o violador, a mãe já se tinha dirigido ao comando distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM), de onde foi telefonado para se apresentar. De lá foram para o hospital.

Regressados do hospital, o oficial de permanência disse que “você, praticante, pode ir para casa, pai da menor e mãe da menor sentarem fora para nós emitirmos o processo para a procuradoria ainda hoje”, mas “aquele senhor deixou o comando e pouco tempo depois voltou a pedir para anular o processo para que não ficasse preso. O pai não sabendo aceitou anular o processo. Ele se predispôs a arcar com os pagamentos na polícia para a anulação do processo”.

Segundo esta fonte, o polícia em serviço disse a família para “levarem esse caso e irem resolver no bairro, aqui nós não temos mais alternativas”.

“Quando nos apercebemos, no dia combinado, eu instrui ao meu irmão para ir dizer a família da vítima que se o comando não conseguiu resolver, este problema não é da dimensão do secretário, preferimos calar”, disse, avançando que “fomos denunciar na procuradoria. O caso não tinha chegado lá. E quando a procuradora se apercebeu instruiu ao SERNIC [Serviço Nacional de Investigação Criminal] para dar seguimento ao caso, até o polícia que tinha escondido o processo no primeiro dia ficou com problemas, e dai recolheram o individuo e ficou encarcerado uma média de um mês”.

Segundo apuramos em Murrupula, o suposto violador, no passado quando trabalhava na EPC de Murrupula, também, abusou sexualmente de uma menor, por sinal filha do seu colega, motivo que fez com fosse transferido para Injovola. (Aunício da Silva)

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