Nampula (IKWELI) – Escolas públicas da província de Nampula, no norte do país, estão a beneficiar de construção e/ou reabilitação de sanitários e pequenos sistemas de abastecimento de água no âmbito dos esforços do governo para a prevenção e mitigação da covid-19.
Com o alastramento da pandemia, o governo viu-se obrigado a tomar medidas para responder com a emergência sanitária imposta pelo novo coronavírus, por isso na província mais populosa do país, o Fundo do Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG) foi lhe confiada a missão de gerir a construção e/ou reabilitação de 4 lotes das referidas infra-estruturas.
Esta actividade concorreu para o surgimento de novos desafios. Nas comunidades, onde se encontram as escolas, a relação entre a população estudantil com um novo modelo de higiene e saneamento, acompanhado com infra-estruturas modernas, eleva os níveis de preocupação dos gestores das mesmas.
No distrito de Malema, por exemplo, o governador de Nampula, Manuel Rodrigues, viu-se obrigado a exigir algumas correções aos sanitários da Escola Secundária Eduardo Silva Nihia, por entender que podia se ter feito mais.
Na ocasião, depois da constatação, foi explicado ao governante que parte do material tinha sido vandalizado, sobretudo torneiras, por isso apresentavam-se aspectos que comprometiam, aparentemente, a qualidade da infra-estrutura. Mas, uma explicação do administrador da empresa contratada para a execução das obras deixou esclarecido Manuel Rodrigues, ao que apelou a comunidade escolar para colaborar na segurança da mesma.
Hipólito Machaieie, administrador da EMOTEC, explica que, incluindo pequenos sistemas, a empresa que gere está, também, a levar a cabo construções similares nos distritos de Murrupula, Lalaua, Mecúburi e Rapale.
“Fizemos todas as correções que foram solicitadas”, disse Machaieie em relação as constatações do governador, garantindo que “neste momento [os sanitários] estão em condições de serem utilizados pelos os alunos. Fizemos as correções das torneiras, que foi o aspecto predominante que o governador fez menção. As torneiras, assim como o patamar que era necessário para o acesso ao sanitário, estão corrigidos”.
Este empreiteiro garante que a execução da obra seguiu todos padrões constantes do caderno de encargos, mas lamenta a sabotagem que sofreram com a vandalização.
“Há situações que tivemos anteriormente é que, recorrentemente, existe vandalização, isto não aconteceu apenas no distrito de Malema, mesmo em outros distritos nos quais nós fizemos trabalhos similares as torneiras têm sido vandalizadas”, apontou a fonte.
Por seu turno, o director da Escola Secundária Eduardo Silva Nihia, Jacob Julião, disse que para garantir segurança daqueles sanitários, medidas foram tomadas, em colaboração com a comunidade local.
“Nós estamos preparados para conservar os sanitários, já temos material suficiente para o efeito, temos comissões de trabalhos para limpeza”, garantiu Julião, explicando que “são professores e alguns funcionários da secretaria”, entendendo que a instituição não dispõe de verba para contratar mão-de-obra externa.
Em relação as vandalizações, o director Jacob Julião explica que “isso aconteceu devido a própria escola que não está protegida, mas por enquanto estamos com um desafio de fazer o murro de vedação, e já montamos a comissão de protecção da segurança da escola. Portanto, estamos garantidos que isso poderá ser conservado”.
Mateus Saeze, do FIPAG na região norte do país, garante que a execução de todas as obras está em fase avançada, fazendo saber que alguns sanitários e pequenos sistemas de abastecimento de água já estão concluídos.
Todavia, a fonte está preocupada com a gestão e/ou conservação das infra-estruturas, mas segundo avança “é desafio do próprio sector ou da própria escola na questão da educação do uso dos balneários. É um desafio grande, e eu acho que a própria direcção da escola poderá encontrar alternativas para superar”.
Por outro lado, a fonte garantiu que há constatações que foram tidas em conta para garantir qualidade nos balneários, tal como observou o governador na visita que fez a Malema.
Por fim, Saeze voltou a falar da questão de segurança dos balneários. “O que nós nos apercebemos é que sempre que terminava o tempo lectivo, tirava-se as torneiras e voltava-se a colocar no dia seguinte. Certamente que isso ao se fazer sempre tinha que haver um dia que a torneira não ficasse bem apertada”. (Aunício da Silva)