Nampula (IKWELI) – A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, reafirma que os próximos dias vão ser difíceis para as pessoas que violam, grosseiramente, o decreto do Conselho de Ministros, número 50 de 16 de Julho, que estabelece medidas gerais para conter a pandemia da covid-19 no âmbito da situação da calamidade pública.
“Temos vindo a constatar que, ainda, há uma resistência da nossa população no cumprimento, fecho de estabelecimentos comerciais, fecho das barracas, algum aglomerado populacional, com intuído de desencadear várias acções, então, nós como a PRM e outras forças vivas preocupadas, vamos agir”, refere Augusto Guta, director da Ordem e Segurança Pública no Comando Provincial da PRM em Nampula.
“Não vamos dar tréguas a situação de desobediência do decreto número 50, de 16 de Julho”, alertou Augusto Guta.
Para além de medidas repreensivas, a PRM em Nampula, também, diz que vai continuar com as acções de fiscalização e sensibilização às populações sobre a necessidade do cumprimento das medidas de prevenção da covid-19. Como, por exemplo, nesta quarta-feira (21) a corporação, em coordenação com outros actores, levou a cabo uma campanha de fiscalização e sensibilização em três potenciais mercados da cidade de Nampula, nomeadamente, Waresta, Belenenses e mercado Central.
“Estamos numa fase em que já temos vindo a desencadear várias actividades com vista a prevenção. A nossa província não está alheia sobre a situação de calamidade pública, daí que temos vindo a desencadear várias operações com vista a sensibilização da população, com vista a fazer a fiscalização da superlotação dos veículos de semicolectivos, de passageiros sobretudo, isto tem revelado um progressivo cumprimento das nossas populações, mas não devemos nos cansar. Temos feito um trabalho coordenado entre a PRM em Nampula, a polícia municipal, INAE [Inspecção Nacional de Actividades Económicas] e outras forças que preocupados com a covid-19 vão desencadeando actividades para que o surto da covid-19 não crie mais luto nas nossas famílias e nas nossas populações”, disse a fonte.
“Hoje, como estão organizados, vamos sair para três mercados para sensibilizar, vamos actuar aquelas situações que forem uma expressão clara de inobservância daquilo que o decreto preconiza. Estaremos no mercado Waresta, Central e Belenenses. Vamos falar sobre a necessidade de haver um distanciamento das pessoas que estão a desencadear suas actividades nos mercados. Vamos falar com os utentes que acorrem a esses mercados sobre a necessidade do uso correcto da máscara, vamos falar com os operadores dos semicolectivos sobre a necessidade de não haver a superlotação nos semicolectivos”, referiu, destacando que “se nós constatarmos que há superlotação naturalmente que devemos desembarcar as pessoas e voltar ao número exacto para que o índice da covid-19 não acorra”. (Constantino Henriques *Foto: Hermínio Raja)