Gondola sensibiliza utentes do mercado do Waresta a cumprirem medidas de prevenção da covid-19

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Nampula (IKWELI) – A terceira vaga da covid-19 está mexendo com tudo e todos, e na manhã desta segunda-feira, o Secretário de Estado da província de Nampula, Mety Gondola, teve de se deslocar ao mercado grossista do Waresta, nos arredores do maior centro urbano do norte de Moçambique.

A principal preocupação do governante, naquele local, é o cumprimento escrupuloso das medidas de prevenção da pandemia, por isso a sua principal mensagem de sensibilização é a prevenção.

Preocupado com o cenário de aglomerados de pessoas que encontrou, acompanhado com o não uso de máscara facial e a não higienização das mãos, Gondola viu o seu perímetro de segurança quase que invadido na totalidade, porque precisava conversar os utentes.

Os que o cercavam ainda portavam alguma máscara, mas houve a situação de um indivíduo que teve de ganhar máscara das mãos de Gondola, e porque por perto não tinha de reserva, teve mesmo de comprar com um vendedor ambulante.

“Cuidemos para, também, a nossa família estar bem cuidada. Vamos nos esforçar. Usar máscara não é porque está a ver que está ali polícia”, recomendou Gondola na conversa informal com os vendedores, recordando que é necessário “usar a máscara para se mesmo, para o seu bem e o bem da sua família”.

“Temos de nos cuidar, senão vamos arranjar problemas”, continuou o Secretário de Estado da mais populosa província do país, prosseguindo que “hoje vínhamos falar, mas a partir de amanha [hoje] a polícia municipal ou de protecção há-de vir e aquele sem máscara vão recolher”.

“Não podíamos mandar vir sem antes vir falar convosco. É bom falar. Amigos, estamos a pedir. Agora, aquele que quiser teimar pode teimar, vamos tomar medidas”, concluiu Mety Gondola.

Os utentes reconhecem que pouco tem feito no cumprimento das medidas de prevenção da covid-19, e a maioria entende que a doença não existe.

“Eu não uso máscara porque me faz muito mal, mas vou passar a usar porque não quero problemas com a polícia”, disse Domingas Zé, vendedeira de tomate no Waresta, a qual considera que “sempre vivemos assim, mas como o governo quer nós vamos cumprir”.

Vasco Guido, outro vendedor entrevistado pela nossa equipa de reportagem, disse que “é bom que o próprio chefe veio falar com as pessoas, porque muitos exageram. Não se cuidam, e isso é um perigo para nós os outros. Eu costumo a ver pessoas que estudaram que vem da cidade para aqui, mas sem máscara e a andarem a vontade”.

Arlinda Cesário é vendedeira no mercado grossista do Waresta há mais de cinco anos, e ao Ikweli disse que os últimos dois anos não tem sido nada fácil, sobretudo porque, ao nível individual, exige-se muita mudança de comportamento para que “não levemos esta doença para as nossas famílias”.

Entretanto, a Polícia da República de Moçambique (PRM) tem vindo a empreender esforços no sentido de garantir que, voluntariamente, os cidadãos cumpram as medidas de prevenção da covid-19. Os que não cumprem, têm sido obrigados a faze-lo, tal como sucedeu com os oitos secretários de bairro e líderes comunitários que foram recolhidos aos calabouços por promoverem aglomerados. Também, no último fim-de-semana perto 4 mil pessoas foram retidas pela corporação por não observarem as medidas. (Aunício da Silva)

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