Nampula (IKWELI) – O partido Nova Democracia (ND), por ocasião das comemorações do dia da independência nacional, 25 de Junho, exige que uma nova independência para resgatar a solidariedade, unidade e consciência de mudança seja construída.
“Quarenta e seis anos depois da tão ansiada independência, o país, vê-se mergulhado em uma crise sem precedentes, com desgaste do tecido social, guerras cíclicas internas, invasão de grupos armados com objectivos obscuros e associado a isso, a falta de transparência na gestão da coisa pública, a corrupção desenfreada, e a contratação ilegal de dívidas em agiotas internacionais”, caracteriza o ND a situação em que o país se encontra, prosseguindo que “mergulhado o país na gritante crise económica, a situação assistencial têm sido preterida pelo governo do dia colocando milhões de moçambicanos, mulheres e homens, de todo o país em situação de vulnerabilidade, sendo que a situação se torna ainda mais gravosa quanto mais ao norte e ao interior nos dirigimos”.
Para o partido liderado por Salomão Muchanga, “neste momento de quase abandono e de violação sistemática por quem tem o dever de proteger, lançamos a semente para a consciencialização dos cidadãos, mulheres e homens, e sobretudo dos jovens, para que unidos, iniciemos a derradeira marcha para a libertação. Uma libertação que signifique robustez económica e combate ao despotismo, a corrupção, ao desvio da coisa pública, ao clientelismo, ao abuso do poder e a interferência partidária na governação, para que Moçambique se posicione no concerto das nações como um estado autogerido, prospero e forte”.
O ND reconhece que “o momento político e económico do nosso país é complexo e exige respostas igualmente complexas”, por isso “não podemos nos dar ao luxo de continuar seguindo sem futuro, sem horizonte e sem perspectivas”.
E só para avivar a mente do povo, a Nova Democracia recorda que “não existe uma rede de estradas transitáveis de Norte ao Sul e do Zumbo ao Índico e vice-versa; a rede de transportes é deficitária e retira a dignidade e o respeito dos cidadãos, mulheres e homens”.
Olhando para estes e outros problemas que o país enfrenta, a Nova Democracia defende que “é tempo de vencer e engajar a sociedade na construção de uma nova esperança por intermédio de uma Nova Democracia capaz de reverter o quadro penoso do povo moçambicano”, apelando para que “unamo-nos numa só voz, num só caminho, para que o nosso presente mude, e para que nas próximas ocasiões digamos NÃO em coro a qualquer proposta de governação com a finalidade única e exclusiva de manter e alimentar a dominação, a exploração e a perpetuação da pobreza das populações, a contento de uma elite governativa. (Redação)