Há proliferação de terminais ilegais de passageiros e cargas na cidade de Nampula

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Nampula (IKWELI) – O surgimento de parques e terminais de passageiros e de carga na cidade de Nampula, no norte de Moçambique, constitui um problema para a mobilidade rodoviária na autarquia, facto que preocupa os transeuntes.

Para cada zona de ligação com outras províncias do país, há sempre um novo parque e/ou terminal a surgir. A sua maioria estão localizados nas avenidas do trabalho (junto da Estrada Nacional Número 1) e na avenida das FPLM.

Os operadores destes serviços de transporte de pessoas e cargas disputam, incluindo, os passeios com os peões, os quais não escondem o seu desagrado com a situação, sobretudo pela insegurança que constitui.

“É constrangedor para nós, quando lá passamos com uma mochila, ou uma pasta grande pensam que queres viajar até te arrancam a pasta como se a pessoa quisesse viajar,  isso porque estão num ponto errado, se fosse um parque com quintal eles já iriam  ter ideia de que as pessoas que querem viajar são aqueles que estão dentro do quintal”, disse a munícipe Lucrécia Santos, que comenta que “depois, nos pontos onde fazem de parque, há muita gente desde passeiros, automobilistas e ladrões disfarçados, um pequeno descuido roubam seu celular, sua pasta, seu dinheiro entre outras coisas”.

Dino Manuel, outro cidadão entrevistado pelo Ikweli a propósito, diz que “na FAINA, para quem curva para o mercado do Waresta, tem carros que vão a Murrupula, Ribáuè Namaita, Rapale entre outros distritos. Ali não é parque e fica cheio, os que não tem carro nem tem onde passar porque o passeio já é onde o carro tem estado estacionado”.

Este cenário, também, verifica-se na avenida das FPLM, próximo a direcção provincial da Educação e Desenvolvimento Humano, onde viaturas que carregam para os distritos de Angoche, Larde, Moma, Mogovolas, Mogincual e Liupo assaltaram os passeios.

Os operadores deste serviço defendem-se que os parques oficiais ficam localizados distantes do centro urbano, por isso a opção é encontrar alternativas, ainda que prejudiquem a mobilidade na autarquia.

“Temos parque na Petrona, mas é distante, para esperar passageiros lá não é fácil e nós trabalhamos com metas. Pelo menos, em um dia de trabalho devemos fazer duas viagens para conseguir combustível, então saímos da Petrona e procuramos passageiros nas ruas onde tivermos um fluxo ficamos aí, e dia seguinte voltamos no mesmo lugar onde tínhamos fluxo de passageiros e aí transformamos a rua em nosso parque”, confirma o transportador Sérgio Conta, que faz o percurso cidade de Nampula – Ilha de Moçambique.

Lino Bonifácio, outro transportador de passageiro, questiona: “o que adianta sentar no parque se não aparecem os passageiros?”, comentando que “nós trabalhamos com passageiros e temos que ir buscar onde eles estão, por isso optamos em usar algumas ruas para fazer carregamento porque são essas ruas onde encontramos os passageiros”.

O conselho autárquico da cidade de Nampula ainda não se pronunciou sobre esta situação, mesmo diante das insistências por parte da nossa equipa de reportagem. (Elisabeth José)

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