Montepuez (IKWELI) – No passado 29 de Maio de 2021, por volta das 19:00 horas, a Montepuez Ruby Mining Limitada (MRM) foi informada por um grupo de mineiros ilegais que um garimpeiro havia morrido na sequência do desmoronamento de uma mina artesanal na sua concessão mineira. A vítima tinha 28 anos de idade, e era natural de Nampula.
“O incidente foi imediatamente comunicado à Polícia, que se deslocou ao local para retirar o corpo, com vista aos procedimentos legais e investigação médica”, refere um comunicado enviado pela assessoria de imprensa da MRM a nossa redação, o qual prossegue que “das informações fornecidas, acredita-se que a mina aberta pelos garimpeiros tenha desmoronado em condições climáticas normais”.
O número crescente de incidentes, ataques e fatalidades envolvendo mineiros ilegais na concessão da MRM, segundo a mesma nota, “é uma grande preocupação para a empresa e para as comunidades locais, cujas aldeias são afectadas pela afluência de mineiros ilegais provenientes de cidades distantes, províncias vizinhas e países estrangeiros. As práticas inseguras dos mineiros ilegais, normalmente supervisionados ou coagidos por sindicatos de contrabando ilegal de pedras preciosas, financiados por comerciantes estrangeiros que operam na região, continuam a resultar na perda desnecessária de vidas humanas na área”.
“A MRM tem levado a cabo actividades de comunicação contínuas para alertar acerca dos perigos da exploração mineira ilegal e insta as comunidades a não empreenderem tais actividades. A empresa também realiza campanhas de sensibilização nas comunidades próximas (onde os mineiros ilegais se abrigam temporariamente) sobre os perigos da exploração mineira ilegal”, lê-se no mesmo comunicado, cujo conteúdo temos vindo a citar.
Desde o início do presente ano, a mineradora foi informada que oito (8) pessoas, na sua maioria jovens do sexo masculino perderam a vida na execução de actividades mineiras ilegais sem segurança, na concessão da MRM, devido ao desmoronamento de minas em que os mesmos ficaram soterrados.
“Estes incidentes foram levados ao conhecimento das autoridades, tanto a nível provincial como nacional, na esperança de que sejam tomadas medidas mais proactivas contra aqueles que estão a financiar, facilitar e encorajar o comércio ilegal de rubis, prejudicando Moçambique e a sua população através da perda de vidas e da privação do país das tão necessárias receitas fiscais dos recursos minerais”, conclui o comunicado.(Redação)