AMPCM introduz cultura da castanha de caju nas cooperativas distritais em Nampula

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Nampula (IKWELI) – A Associação Moçambicana de Promoção do Cooperativismo Moderno (AMPCM), delegação regional norte está a promover a cultura da castanha de caju no seio dos produtores membros das cooperativas locais.

Ontem, quarta-feira (19), no distrito de Mogovolas, foi constituído o primeiro viveiro da União Distrital das Cooperativas de Mogovolas, e com efeito iniciou o processo de plantio de mudas numa extensão de 6 hectares.

De acordo com Adelino Jorge, da União das Cooperativas de Mogovolas, esta iniciativa vai contribuir no aumento da renda dos membros da organização, entendendo que a castanha tem tido um mercado apreciável na região.

Natalino Barnete, coordenador regional norte da AMPCM, explica que a actividade está inserida no “projecto de desenvolvimento de resiliência para o sector de caju, um projecto que é financiado pela NORGESVEL, e está a ser implementado em parceira com o IAM (Instituto de Amêndoas de Moçambique), a TECNOSERVE e a NORAD”, o qual tem como “objectivo apoiar o sector de caju a massificar o processo de plantio de mudas de caju, mudas com bom material genético”.

A fonte refere que “essas são mudas políclonais com características bastante boas que até a partir do terceiro ano começam a produzir, estamos num processo de diversificação dos produtores, produtores associados as cooperativas, que a maioria produz culturas como amendoim, gergelim e agora aderiram a produção da castanha de caju, como uma cultura potencial para o distrito de Mogovolas que gera rendimentos ou aumenta a renda no fim de cada ano”.

Barnete fez saber ainda que “neste momento são 65 cooperativas que beneficiam desta iniciativa, com cerca de 15 mil produtores dos distritos de Mogovolas, Angoche, Moma, Meconta, Monapo e Murrupula. O projecto termina este ano em Dezembro, tendo começado no ano passado e esperamos que até o fim, pelo menos cerca de 500 mil mudas estejam já lançadas em campo por esses produtores, e contribuindo de certa forma para aquilo que é o plano de sector de caju e, também, isso vai trazer grande contributo na renda de famílias na província de Nampula”.

Júlio Langa, delegado do IAM em Nampula, testemunhou o plantio das primeiras mudas na extensão em referência, e no seu entender, “é de louvar esta iniciativa, porque estamos a ver que há cada vez mais a produtores engajados na produção de caju”, por isso, “para o lado do IAM o que nós podemos fazer é prover assistência técnica para estes produtores e aquilo que for necessário nós fazermos como IAM que é também para além da assistência técnica darmos mudas de cajueiros nós vamos fazer”.

Ainda com o início tardio das chuvas, Langa confirma que “em termos de mudas a nível da província dizer que as chuvas começaram relativamente tarde, nós devemos estar quase em 50% de mudas e já conseguimos distribuir perto de 80% mudas neste momento”.

“Nós temos um plano de produzir cerca de 2 milhões de cajueiros, neste momento cerca de 1 milhão já estão produzidos, e cerca de 800 mil mudas já estão distribuídas na província de Nampula”, disse a fonte, concluindo que “haverá incremento de números de árvores por tratar na presente campanha, e iremos sair de cerca de 3 milhões de cajueiros que tratamos na campanha passada para 4 milhões de cajueiros, significa que iremos ter maior quantidade de castanha produzida e com melhor qualidade”.

O mesmo dia, a AMPCM ofereceu uma dezena de máquinas para a pulverização, para garantir o tratamento dos cajueiros na próxima campanha agrícola. (Aunício da Silva)

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