Nampula (IKWELI) – Membros e simpatizantes do partido Renamo, em Nampula, juntaram-se na manhã desta segunda-feira (3) para assinalar a passagem do terceiro aniversário da morte do segundo presidente da organização, Afonso Dhlakama, no meio de queixas e repúdios sobre as acções do governo do dia.
Uma das inquietações levantadas por Abiba Aba, delegada da perdiz em Nampula, é em torno, no seu entender, da incapacidade do governo em lidar e acabar com os ataques terroristas nos distritos do norte de Cabo Delgado.
“Temos a situação que afecta aos nossos irmãos em Cabo Delgado, onde homens terroristas assassinam sem dó e nem piedade a população indefesa, saqueando bens e queimando o património público sob pretexto ainda não conhecido”, disse Aba, para prosseguir que “lamentavelmente, o governo do dia, mesmo sentido ou reconhecendo a sua incapacidade para proteger e defender as populações de Cabo Delgado teima em não aceitar a intervenção da força militar dos países vizinhos capaz de minimizar e controlar a situação e repor a segurança”.
Por outro lado, a fonte apelou aos membros da Renamo para apoiar aos deslocados da mesma guerra terrorista. “Esperamos de vós, irmãos da Renamo, uma solidariedade para com estes compatriotas através de doações de produtos não perecíveis e peças de vestuários para minorar o sofrimento a que estão sujeitos”, apelou a delegada política provincial da Renamo em Nampula.
Referindo-se a memoria do líder Afonso Dhlakama, Abiba Aba enalteceu as suas qualidades humanas e de liderança. “Não lutou pela ambição do poder”, mas porque “viu traídos os sonhos da independência nacional, de ver o moçambicano, verdadeiramente, livre e a gozar os seus direitos, as suas liberdades e as garantias que são o apanágio dos países modernos”. (Aunício da Silva)