Clube de Leitura: Uma revolução literária que nos chega de Angoche

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Nampula (IKWELI) – Engana-se quem pensa que das comunidades costeiras apenas se espera o peixe e outros produtos do mar, incluindo mulheres bonitas e comida muito bem confeccionada, com interesse sobre a literatura quase sem expressão.

Lino Mukurruza, jovem professor do ensino médio, “abandonou” as benesses que uma capital provincial pode dar, e rumou ao distrito costeiro de Angoche para exercer a mesma actividade na Escola Secundaria Hamdan Bin Rashid.

Poeta de grande gabarito não pode “sossegar” nas terras de Amina…, a então esposa de Kaúlza de Arriaga e montou um Clube de Leitura, de onde são promovidos e o hábito e o gosto pela leitura no seio dos adolescentes e jovens.

Ainda no meio desta pandemia que, desde o ano passado, fustiga o mundo, o Clube de Leitura de Angoche realizou entre os dias 20 a 23 de Abril corrente a “Semana de Livro de Angoche”.

Esta iniciativa que vai ganhando corpo, contribui na outra identidade de Angoche, tirando o velho Ínguri e as belas Ilhas daquele distrito costeiro.

No evento participaram, para além das escolas secundárias de Angoche, Ínguri, 25 de Setembro e Hamdan Bin Rashid e as primárias e completas do Bairro Central, Parapato e Ínguri, outras entidades de ensino privado.

“A semana de livro de Angoche é umas das várias actividades que o Clube de Leitura realizou e vai continuar a realizar actividades que, intimamente, estão ligadas com o livro e saber relativo à leitura”, disse ao Ikweli Lino Mukurruza, mentor da iniciativa, prosseguindo que “realizamos estás actividades a pensar nos objetivos que pretendemos atingir”, que são “o gosto pelo livro e pela leitura deste; criar uma competitividade de leitura e da busca do livro no seio de alunos, estudantes e a sociedade de Angoche; criar um espaço de troca de ideias sobre formas de leitura e do que ler nos dias que correm; incentivar a leitura e estudo de que os escritores moçambicanos estejam a escrever; criar um espaço entre o futuro leitor e o futuro escritor moçambicano; encontrar caminhos para a valorização da obra como propriedade intelectual do autor e responsabilidade do leitor”, por isso “o Clube de Leitura de Angoche (CLA) tem desenvolvido diversas actividades”, como são o caso das “oficinas de livro, oficinas de leitura; recitais de poesia; exposições de livros; conversas sobre o livro e os autores; debates sobre a necessidade de leitura dentro e fora da escola – Etc”.

A nossa fonte esclarece que “os nossos colaboradores são os alunos da Escola Secundária Hamdan Bin Rashid de Angoche, tendo em conta que o Clube é parte ou propriedade da escola”, e que “o Clube foi criado em fevereiro de 2020 com o propósito de suprir as dificuldades que leitura e sobre a leitura que os alunos tem, sobre tudo nas aulas da disciplina de Língua Portuguesa. Hoje, o CLA, consegue resolver os problemas residuais dos alunos, problemas como: a compreensão do livro como uma obra de arte e como uma matéria para a sobrevivência do nosso dia ora dia”.

Por fim, Mukurruza avança que na “Semana de Livro de Angoche”, pelo menos, 3500 alunos participaram das exposições e debates sobre o livro realizados. (Aunício da Silva)

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