“O Terrorismo prospera a mercê de discursos triunfalistas em Cabo Delgado” – acusa a Nova Democracia

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Nampula (IKWELI) – O movimento político Nova Democracia (ND), liderado por Salomão Muchanga, entende que a situação que se vive na província de Cabo Delgado é horrível e prospera a mercê de discursos triunfalistas.

Em uma nota distribuída a mídia, a partir de Moçambique, o movimento está convicto que o cenário actual “deveria se ter previsto depois da tomada de Mocímboa, Nangade, Ibo, Macomia, parte de Quissanga e de Mueda, deixando Palma numa situação de isolamento e penúria populacional”.

Segundo o ND, os acontecimentos estão em “decorrência da constante abordagem reactiva da resposta ao terrorismo, nos últimos dias os insurgentes tomaram Palma provocando um número pouco claro de vidas perdidas e milhares de deslocados, perante uma reacção governamental incapaz de sanar as dúvidas e feridas abertas na alma do povo moçambicano”, e que “um governo que falha em proteger os seus cidadãos, mulheres e homens, de todas as idades e credos, é por consequência um governo que se prova incapaz e infiel, confinado em Maputo num iato de desorganização e infiltração”.

Por outro lado, o mesmo documento, cujo conteúdo estamos a citar, refere que “os relatos que nos chegam de Palma denunciam, não apenas a sonegação de informação, como também que para este regime o gás, o petróleo e os bens são mais importantes que as milhares vidas humanas de nacionais que se ceifam diariamente”, tanto que “o sofrimento incalculável a população civil resultando em mortes, estupros, destruição, incêndios e, saque de bens e propriedades, já atingiu níveis de crimes contra a humanidade que devem ser abordados à luz do previsto no artigo 1 da Carta das Nações Unidas que demanda “medidas colectivas para evitar ameaças à paz e reprimir os actos de agressão contra qualquer ruptura da paz e, chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajuste ou solução de controvérsias ou situações que possam levar a perturbações da paz”.

Por fim, o ND conclui na sua Moção de Censura ao Governo que “o assustador fracasso da resposta governamental em assumir e abordar as causas desta guerra, alimenta escandalosamente a competição criminosa pelos recursos, a corrupção das elites que impulsionam a violência e divisões entre os moçambicanos e profunda impunidade no país, enquanto milhares de vítimas se abrigam em matas, o narcotráfico carrega e descarrega armas , drogas e recursos minerais de qualidades incalculáveis nos nossos portos e distritos”. (Aunício da Silva)

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