Nampula (IKWELI) – A pandemia da covid-19, declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) há mais de um ano, está a exigir readaptações e reformas as formas de ser e estar de toda a sociedade global.
O Museu Nacional de Etnologia (MUSET), na cidade de Nampula, não está alheia a esta realidade, por isso está a reinventar-se para levar os seus serviços aos utentes com recurso a Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC’s).
De acordo com Adriano Teplo, director do MUSET, a primeira medida tomada foi a criação de uma página de internet, onde serão exibidos os acervos em poder da instituição, incluindo trabalhos científicos ali produzidos.
A fonte avança que o que se está a fazer, neste momento, é contactar as direcções dos institutos de formação de professores primários, de maneiras que estes abram espaço para a implementação dos projectos que a instituição que representa pretende desenvolver.
“A direcção do museu pensou em uma estratégia de como sair fora dos seus quintais em tempos da pandemia, e uma das estratégias já pensadas é a criação de uma página Web onde vamos colocar os principais acervos que o museu tem com o seu historial, como forma de colocar a disposição de todos aquelas que gostariam de visitar o nosso museu”, disse Adriano Teplo.
Nesta primeira fase, segundo a fonte, “projectamos, também, entrar em contacto com as instituições de formação de professores primários. Numa primeira fase o contacto foi feito com o instituto de formação de professores do Marrere, faltando a sua formalização, mas a abertura já houve, há disponibilidade da direcção do instituto cooperar com o museu”, ademais, “isso vai consistir em os nossos técnicos entrarem em contacto com os formadores de várias unidades curriculares do instituto de formação de professores de Marrere, onde os técnicos levarão consigo algumas temáticas e, por sua vez, os formadores terão de engajar as suas unidades com as que forem apresentadas pelo pessoal do museu”.
Adriano Teplo associa a situação crítica dos museus a nível internacional com o Museu Nacional de Etnologia, por sinal a que dirige, relactivamente a redução drástica de visitantes. “A situação actual dos museus não é das melhores, segundo os dados fornecidos pelo Comité Internacional cerca de 25 a 75 por cento houve perda em termos de visitantes, sobretudo, nos museus europeus. E ainda, fala-se da tendência de corte orçamental de alguns museus numa estimativa de sete museus, em cada 10 provavelmente vão sofrer alguns cortes em casos de a situação prevalecer. Portanto, a situação dos museus, quer em Moçambique e no mundo em geral, ressente-se desta pandemia porque os museus vivem principalmente dos seus visitantes, sobretudo, os turistas”, concluiu. (Esmeraldo Boquisse)