Polícia apreende perto de uma tonelada de pedras semipreciosas em Nampula

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Nampula (IKWELI) – A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, apreendeu na semana passada, mais de 780 kg (setecentas e oitenta quilogramas) de pedras semipreciosas do tipo fogo de turmalina que estavam sendo transportadas de forma ilegal da localidade de Mirrote para a vila de Namapa, no distrito de Eráti.

Em conexão com o caso, está detido, nas celas do Comando Provincial da PRM, um indivíduo que na altura estava a transportar o produto que, segundo ele, tinha como destino a cidade de Nampula.

Zacarias Nacute, porta-voz da corporação em Nampula, disse que no momento da neutralização deste indivíduo na posse do produto, não portava nenhuma documentação como licença de comercialização e/ou guia de transporte daquele produto mineiro, facto que fez com que este fosse levado para as celas, onde recorrem trâmites legais para a sua responsabilização.

No habitual briefing semana com a imprensa, a PRM apresentou o indiciado, o qual disse ser proprietário daquele produto mineiro, e que está a trabalhar há bastante tempo naquele serviço onde vai comprar com os garimpeiros, acumula e aluga licença para o transporte e no momento em que foi interpelado, estava a sair da mina para o local onde iria esperar o homem que tem a documentação.

“Eu não tenho licença para o transporte de produtos mineiros, porque para tratar não é fácil daí que alugo com pessoas que tem para poder evacuar os meus produtos para vender. Eu estou fazendo isso desde 2008, nessa altura eu estava a transportar de Mirrote para a vila de Namapa, porque o homem com quem falei para alugar a licença dele, me disse que iria levar de lá para cá em Nampula”, disse o indiciado.

Na mesma ocasião, foi apresentado um cidadão de 50 anos, que se dedicava a venda ilegal de medicamentos no mercado Waresta, e na altura da sua detenção foram encontrados na sua posse de diversos fármacos do Sistema Nacional de Saúde (SNS), e segundo a PRM sem nenhuma medida de conservação, e após ter sido interpelado, tentou subornar os agentes com uma nota de 500,00Mt (quinhentos meticais), tendo agravado ainda mais a sua situação.

O acusado diz ser um desmobilizado das FDS (Forças da Defesa e Segurança) que serviu ao Serviço Militar Obrigatório, na área de saúde como servente socorrista a nível da zona norte do país, tendo depois, ficado sem nenhuma actividade e depois de trabalhar como garimpeiro por muito tempo e sem sucesso, resolveu começar o negócio de medicamentos que o próprio julga ser sua área de domínio.

“Não tenho ninguém na saúde que me vende estes medicamentos, eu compro na farmácia privada e a maior parte dos medicamentos que estão ali, tem factura, por exemplo o paracetamol composto, eu compro por 15 meticais e vendo por 20 e tenho lucro de 5 meticais, há um outro medicamento que compro por 60 e vendo a 100 meticais e assim consigo sustentar minha família”, disse o indiciado. (Alfredo Célia)

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