Nampula (IKWELI) – Quando se esperava um ambiente de paz e convivência sã no dia da família e do Natal, 25 de Dezembro, na cidade de Nampula, no norte do país, um individuo é indiciado de ter espancado, até a morte, a sua própria esposa na unidade comunal Marien Nguabi no emblemático bairro de Namutequeliua, tendo de seguida atirado os restos mortais para a linha férrea.
Pressupõe-se que a intensão do indiciado, ao lançar os restos mortais da parceira no meio da linha férrea, era para dispersar a opinião pública e evitar possível responsabilização pelo acto criminal por ele cometido, porque se o comboio tivesse passado possivelmente iria trucidá-la.
Segundo os moradores locais, antes do acto macabro o casal vinha travando uma crise de relacionamento conjugal, que viria agravar-se na noite da passada quinta-feira (24), através de ofensas morais e pancadarias.
“Ela estava a discutir com o marido (ambos de Namapa), porque estavam a trocar acusações de feitiçaria entre eles. Tentamos resolver o caso há três dias onde chegamos a conclusão de que devia-se ir na AMETRAMO (Associação dos Medicos Tradicionais de Moçambique) para o juramento, com vista a minimização dos problemas”, disse José Mussa, secretário da área do Coelho.
“Então daí, na noite de ontem (quinta-feira 24) quando entraram dentro o marido voltou a acusar a esposa de que era feiticeira e pegou-lhe o pescoço”, continuou José Mussa citando os depoimentos do filho da vítima, de 10 anos de idade.
“Ele disse que pediu ao pai para que não matasse a mãe e teria lhe garantido que não a tiraria a vida e, por se tratar de uma criança não resistiu com o sono, mas lembra alguns movimentos do pai de sair e entrar dentro da casa enquanto carregava a mãe e uma esteira, então quando amanheceu não achou a mãe”, acrescentou a fonte.
Outro dado que induz aos moradores do Coelho de que seja o indiciado a tirar a vida da própria esposa é a observância de gotas de sangue ao longo do caminho saindo na residência da finada, bem como o comportamento desajustado do indivíduo em causa momentos após ser descoberto um corpo sem vida naquela zona.
Não foi possível ouvir as autoridades policiais, mas ficamos sabendo de fontes seguras de que o referido indivuo está sob custódia da corporação. (Constantino Henriques)