Governador de Nampula insatisfeito com o informe da DPEDH

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  • O facto se deve a não inclusão dos níveis de preparação dos estabelecimentos de ensino público para a retoma das aulas.
  • Em resposta, Mariamo Agostinho disse que apenas 13 escolas, das 54 secundárias, é que dispõem de condições para o efeito.

Nampula (IKWELI) – O governador da província de Nampula, no norte de Moçambique, Manuel Rodrigues, mostrou-se indignado, na última segunda-feira (13), com o informe da direcção provincial da Educação e Desenvolvimento Humano (DPEDH), por conta da não inclusão das acções em curso com vista a garantia de um ambiente escolar saudável para a retoma das aulas.

Segundo decisão do governo, a 27 do corrente mês de Julho, algumas escolas secundárias deverão estar funcionais para determinadas classes, sobretudo as com exame.

O governante foi insistente, por isso a directora do sector, Mariamo Agostinho, fez saber que ao nível da mais populosa província do país, 54 estabelecimentos de ensino público do ensino secundário poderão retomar ao processo de ensino e aprendizagem na referida data.

Porém, Agostinho informou que, apenas, 13 das 54 escolas é que dispõem de condições para o efeito, sendo que nas restantes as condições estão sendo criadas, um esforço coordenado com a assistência de parceiros de cooperação e desenvolvimento.

“Das escolas que visitamos, as condições estão sendo criadas, e o número de escolas está a aumentar, uma vez que as orientações que deixamos os colegas, estão a cumprir”, disse a directora da Educação e Desenvolvimento Humano de Nampula ao governador provincial.

Ao nível da cidade de Nampula, segundo Mariamo Agostinho, a escola secundária de Namicopo é uma das que não apresenta condições para a retoma de aulas, mas uma ronda efectuada pelo Ikweliconstatou que, mesmo a escola secundária de Nampula, também, está longe de acolher alunos numa situação de pandemia, cuja prevenção principal acomoda a higienização e um saneamento do meio qualitativo.

Ao todo, espera-se que, em Nampula, pelo menos 14 (catorze) mil alunos, da 12ª classe, retomem as escolas no dia 27 deste Julho.

Numa outra abordagem, Manuel Rodrigues focou a sua atenção ao aspecto de abastecimento de água as escolas, não entendendo que a falta deste precioso líquido nos estabelecimentos de ensino seja uma justificação que se aceite.

“Esse assunto é sério, nós já estamos numa fase de transmissão comunitária da pandemia do coronavírus, daí que o reinício das aulas é um desafio para o sector da educação e os pais encarregados de educação, por isso a directora deve monitorar esse assunto com seriedade”, recomendou Rodrigues.

Na mesma segunda-feira o governador da província de Nampula, manteve encontro com presidentes dos Conselhos das Escolas da Cidade de Nampula, e estes louvaram o retorno das aulas presencias, no entanto, apelaram ao ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, para criar as condições para que as escolas não sejam focos de transmissão da covidi-19.

A presidente do Conselho de Escola, da Escola Secundária de Nampula, Mariamo Atumane, apontou que aquele estabelecimento de ensino não devia constar da lista das que vão abrir no dia 27, por conta da inexistência de condições para o efeito.

“Os pais devem estar convencidos que na escola, onde o meu filho estuda, as condições já foram criadas”, disse a fonte, para depois concluir que “na escola secundária de Nampula não há condições para o retorno das aulas”. (Celestino Manuel)

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