Nampula (IKWELI) – Arrancou na manhã de ontem, quarta-feira (17) na cidade de Nampula, norte de Moçambique, o primeiro inquérito sero – epidemiológico, visando avaliar a exposição das pessoas a pandemia do novo coronavírus, doença que já contribuiu na morte de, pelo menos, quatro pessoas ao nível do país, num universo de 651 pessoas infectadas pela enfermidade.
Recorde-se, e de acordo com Eduardo Samo Gudo, Diretor-geral adjunto do Instituto Nacional de Saúde, a escolha da cidade de Nampula para a implementação do referido inquérito, é por conta desta parcela moçambicana registar uma preocupante velocidade de transmissão, tendo, inclusive, atingido o nível de transmissão comunitária.
“Queremos chamar atenção que o inquérito não serve para diagnosticar as pessoas, o que estamos a fazer é avaliar as pessoas que foram expostas, o teste para diagnosticar é outro teste”, recordou Samo Gudo, para depois reiterar o seu apelo de maior colaboração por parte das pessoas seleccionadas para o efeito, porque “só com este inquérito é que poderemos perceber o impacto deste coronavírus ao nível das comunidades”, precisou a fonte durante o lançamento do referido inquérito no mercado grossista do Waresta, na cidade de Nampula.
Entretanto, o custo da actividade que será realizada durante os próximos dez dias, será improvisado, porque, em conformidade com Eduardo Samo Gudo, ainda não foi planeado o orçamento que poderá cobrir as despesas inerentes a este processo que, segundo apuramos, envolve cerca de 100 técnicos da saúde.
“Nós, neste momento, não temos custos precisos. Estamos ainda a calcular porque, para cada região do país os custos variam em função do cenário local em termos da logística, dificuldade de mobilidade, aglomeração de pessoas, entre outros, então, é um trabalho que ainda está a ser feito em relação aos outros locais”, disse Samo Gudo, respondendo as questões dos jornalistas em Nampula.
Refira-se que a divulgação dos resultados do inquérito está prevista para até o primeiro dia do mês de Julho do ano em curso.
Para permitir a abrangência de maior número de pessoas no primeiro dia de inquérito, três equipas foram criadas e eram integradas, respectivamente, pelo Presidente do Concelho Autárquico de Nampula (Paulo Vahanle), Secretário de Estado da província de Nampula (Mety Gondola) e pelo Governador de Nampula (Manuel Rodrigues). (Constantino Henriques)