Nampula (IKWELI) – A província de Nampula, no norte de Moçambique, regista a redução da actividade de exploração ilegal de recursos florestais, sobretudo a madeira, incluindo os operadores furtivos que promoviam a prática.
De acordo com o director dos Serviços Provinciais do Ambiente de Nampula, Luís Tomás Sande, nos últimos anos a situação mudou significativamente, registando-se 10 casos, contra 120 que se registavam em 2015.
Esta redução, segundo fonte, deveu-se ao bom trabalho de fiscalização desenvolvido pelo governo, bem como a crise que se regista no mercado madeireiro.
“Nos estaleiros dos agentes asiáticos ou mesmo dos nacionais, deixamos que eles tragam a madeira e depois de entrar a madeira vamos lá apreender, ninguém gosta de perder dinheiro. Agora, os compradores não querem comprar madeira sem documento”, avançou o engenheiro Sande.
Num outro desenvolvimento, aquele dirigente fez saber que a província, através dos serviços provinciais de florestas, prevê fazer o reflorestamento com mais de 2 mil mudas de diferentes espécies, uma actividade cujo início está previsto para o próximo mês de Outubro.
Na última sexta-feira (5), o mundo celebrou o dia do ambiente, e foi por essa ocasião que o director do Serviços Provinciais do Ambiente de Nampula de uma colectiva de imprensa para anunciar os planos do governo no que se refere a protecção e preservação do ambiente.
Para assinalar a efeméride, respeitando as medidas de prevenção da covid-19, o governo promoveu diversas actividades em Nampula, incluindo o plantio de mangal no distrito costeiro de Mogincual.
Outra preocupação apresentada pelo engenheiro Sande tem a ver com as queimadas descontroladas, cujo pico regista-se no verão. E para reverter o cenário, a fonte referiu que estão em curso trabalhos de sensibilização com as lideranças comunitárias e tradicionais no sentido de dissuadirem as suas comunidades na promoção destas práticas. (Celestino Manuel)