Governador de Nampula rejeita aplicar detergente sunlight em uso no centro de tratamento de covid-19

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Manuel Rodrigues faz espectaulo barata e nega usar sunlight

Nampula (IKWELI) – O governador de Nampula, Manuel Rodrigues, exibiu, na manhã de hoje, quinta-feira (9), um espectáculo barato e de distanciamento entre si e a população que dirige, ao negar aplicar o detergente sunlight antes de lavar as suas mãos numa instituição pública.

No âmbito das medidas de prevenção do novo coronavírus, a covid-19, os dirigentes de Nampula, precisamente Mety Gondola (Secretário de Estado) e Manuel Rodrigues (governador) têm se desdobrado em promover campanhas de sensibilização para as comunidades, bem como o acompanhamento das infra-estruturas instaladas para o tratamento da doença, em caso de eclosão na mais populosa província do país.

No centro de tratamento de covid-19, instalado junto ao Hospital Psiquiátrico de Nampula, Rodrigues justificou-se que o detergente em uso naquela unidade sanitária serve para lavar utensílios, e não para as pessoas.

“Isto é para lavar utensílios”, disse o governador Manuel Rodrigues, quando um funcionário do sector da saúde tentava servi-lo o detergente, perante o olhar atento do Ikweli.

De seguida, o governante perguntou se a água tinha sido tratada, e sendo confirmado, positivamente, Rodrigues vociferou “então prontos, isto ai é para lavar utensílios”. Esta posição provocou um mau estar no seio dos presentes, o qual foi substituído por risadas.

No fim da visita, o Ikweli ouviu o médico – chefe provincial, Suleimane Isidoro, se o líquido rejeitado pelo governador é ou não é eficaz para a lavagem e higienização das mãos, ao que depois de alguns segundos de reflexão respondeu-nos que “aquele é sabão e qualquer sabão, em princípio pode ser usado para a higienização das mãos”.

O Doutor Isidoro, ainda, tentou desenhar um discurso para justificar a atitude do governador, afirmando que “ao nível comunitário o que ele (governador) quis dizer não é que não se pode usar, ele quis dizer que precisamos de usar material local, aquilo que temos localmente para que a população faça a higienização das suas mãos. Exemplo o próprio sabão, a lixívia que em princípio podemos encontrar, e a própria cinza para aquelas situações em que nós não temos”. (Constantino Henriques)

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