Nampula (IKWELI) – Alunos da escola secundária de Nampula viveram, entre ontem e hoje, momentos de pânico, em virtude de uma invasão de um grupo de malfeitores composto por mais de uma dezena de indivíduos com intenções desconhecidas.
Localizada na capital da província mais populosa do país, a escola secundária de Nampula é a maior instituição de ensino público do nível na região norte do país.
Segundo apurou o Ikweli, o grupo criou tumultos que geraram pânico nos alunos e professores, obrigando a suspensão das actividades lectivas. Munidos de bambos, paus, chaves de crepitação, entre outros instrumentos contundentes, a presença suscitou suspeita ao que a direcção da escola foi accionada.
Como consequência desta acção desconhecida, duas estudantes da 11ª e 12ª classe, respectivamente, foram levadas de imediato para o hospital porque teriam entrado em pânico no momento em que se aperceberam da situação e tentaram escapar. Aliás, pais e encarregados de educação acorreram ao local para se informarem do acontecimento.
Ouvido pelo Ikweli, Albertino Luís, director da Escola Secundária de Nampula, disse não saber das motivações que levaram aquele grupo a dirigir-se naquela instituição para tentar atemorizar os estudantes e funcionários da mesma. “Talvez seja porque estavam a procura de alguém. Porém, a escola não é o local para isso”.
Esta acção dos supostos malfeitores condicionou o decurso normal das aulas, ou seja, para se evitar o pior, de acordo com o director da escola, a direcção achou por certo dispensar todos os estudantes, isto no período da tarde, quando eram sensivelmente 15h30.
Depois de se aperceber da presença dos supostos gatunos, a direcção contactou de imediato a polícia que de igual modo fez-se ao local, onde foi possível neutralizar um dos supostos integrantes do grupo.
A nossa reportagem tentou sem sucesso contactar o porta-voz do Comando provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), Zacarias Nacute, para se inteirar do ocorrido, uma vez que a direcção da escola escusou-se a dar mais informações tendo direccionado o Ikweli as autoridades policiais. Por três vezes ligamos ao porta-voz, mas não se dispôs a atender-nos e até ao fecho desta matéria não tínhamos o seu retorno. (Esmeraldo Boquisse)