Tráfico de medicamentos preocupa governo de Nampula

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Ha falta de medicamentos nas farmacias publicas
Farmacos

Nampula (IKWELI) – O acesso a medicamentos em farmácias públicas continua sendo um dos principais desafios para os pacientes da província de Nampula, a mais populosa do país e localizada na região norte, mas as autoridades de Saúde entendem que tal deve-se ao desvio e tráfico de fármacos.

Com efeito, segundo o médico – chefe da província, Suleimane Isidoro, os doentes devem denunciar, em tempo real, os casos em que não recebam os medicamentos prescritos nas consultas nas unidades sanitárias.

“Pedimos que sejam feitas denúncias, em tempo real, para que possamos tomar as medidas pertinentes, como por exemplo, responsabilizar quem deve atender devidamente os doentes mas, infelizmente, faz o contrário, o que é absolutamente inaceitável”, apelou a nossa fonte.

Esta fonte assegurou, numa colectiva com a imprensa, que Nampula dispõe de stock suficiente que garante assistência a população para pouco mais de seis meses, bem como para situações de emergência.

“Temos estado a receber queixas, particularmente da cidade de Nampula, dando conta que em algumas unidades sanitárias é dito aos doentes que falta este ou aquele medicamento, especialmente anti-maláricos, o que não corresponde a realidade, situação que não se verifica noutras zonas da província”, disse o Dr. Isidoro, referenciado o mês de Fevereiro como sendo o momento em que acentuaram-se as queixas de pacientes sobre a falta de medicamentos.

Este fenómeno é visto pelo dirigente como sendo estranho, pelo facto de os depósitos distrital e provincial estarem localizados na cidade capital, local onde há mais queixas. Esta facilidade propicia o fluxo de informação entre as unidades sanitárias e os depósitos, acto que, provavelmente, não ocorre, pelo que uma equipa da Inspecção Provincial de Saúde está no terreno para apurar quem está a dificultar a vida dos pacientes no acesso a medicamentos.

Quanto aos restantes distritos, e olhando para a época chuvosa, o sector de Saúde distribuiu quantidades suficientes de medicamentos. Para os distritos de difícil acesso, como são o caso de Larde, Moma, Angoche e Mogovolas, receberam, de forma cautelar, quantidades elevadas. (Esmeraldo Boquisse e Redacção)

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