Nampula (IKWELI) – A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, deteve dois membros do partido Movimento Alternativo de Moçambique (MAMO), por sinal mandatário e delegado político, alegadamente, por terem sido encontrados, em flagrante delito, recolhendo cartões de recenseamento eleitoral nos distritos de Nampula e Nacala-Porto.
Trata-se de Pedro Eugénio, delegado do MAMO no posto administrativo urbano de Muhala, no concelho autárquico de Nampula, e Albino Juma, mandatário do mesmo partido no concelho autárquico de Nacala-Porto, as duas mais importantes autarquias do norte do país.
De acordo com Eugénio Estêvão de Fátima, secretário – geral (SG) da mesma formação política, os seus correligionários foram detidos ilegalmente, porque todos estavam devidamente identificados, e procediam a actividade com vista a recolher assinaturas para suportar a inscrição do candidato do MAMO para Presidente da República.
No entender deste político, esta acção policial é uma clara perseguição, ao que não entende as motivações fora desta visão, sobretudo porque os cartões recolhidos, incluindo o do provável candidato, pertencem aos membros do partido.
“Os mandatários estão a recolher assinaturas dos membros e simpatizantes do partido para apresentar a nossa candidatura ao Conselho Constitucional”, disse De Fátima.
A fonte disse ainda que os membros do partido de que é dirigente estão a sofrer fortes perseguições movidos por agentes da PRM.
No actual briefing semanal da PRM, o porta-voz da corporação, Zacarias Nacute, confirmou a detenção dos membros do MAMO, alegadamente, porque a população os denunciou por achar uma actividade anormal. (Celestino Manuel)