Ossufo Momade recomenda ao governo a pedir apoio de outros actores no combate aos insurgentes de Cabo Delgado

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Nampula (IKWELI) – O presidente da Renamo, Ossufo Momade, recomenda ao governo moçambicano para que solicite apoios de outras forças vivas da sociedade no combate aos ataques armados que há mais de dois anos destroem o norte da província de Cabo Delgado, precisamente os distritos de Macomia, Quissanga, Palma, Mocímboa da Praia, Nangade e a Ilha do Ibo.

“Se as Forças de Defesa e Segurança não conseguem devolver a paz e estabilidade social em Cabo Delgado que o governo solicite o apoio de outras forças vivas, porque o que está em causa é a nossa soberania, a vida do nosso povo, o bem mais precioso”, disse o temível general Ossufo Momade, aos participantes do 2º Conselho Nacional da Renamo iniciado nesta segunda-feira (29), na cidade de Nampula.

O líder do maior partido da oposição em Moçambique criticou, igualmente, a inércia das Forças de Defesa e Segurança no combate aos insurgentes e, na sua disponibilidade em reprimir cidadãos indefesos.

“A situação de ataques armados em Cabo Delgado está a tomar contornos alarmantes e preocupantes para a sociedade moçambicana e para a Renamo, em particular”, reconheceu Momade, para de seguida afirmar que “como consequência desses ataques, cujas motivações ainda são desconhecidas, assistimos o assassinato bárbaro de centenas de cidadãos indefesos, perante olhar impávido e impotente das Forças de Defesa e Segurança”.

No entender do presidente da Renamo, “o mais caricato é que essas mesmas forças, quando é para reprimir manifestações pacíficas, perseguir, prender, torturar e assassinar cidadãos indefesos, particularmente os membros da Renamo, são altamente estrategas, fortes e competentes”.

“Porquê as Forças de Defesa e Segurança não conseguem parar com os ataques em Cabo Delgado? A quem interessa a onda de assassinatos e destruição de casas e machambas em Cabo Delgado?”, pergunta Ossufo, para depois exortar ao governo “para defender o nosso povo e não aos interesses de um grupo”. (Aunício da Silva e Sitoi Lutxeque)

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