Renamo denuncia deslocação e transferência de postos de votação em Nampula e aprecia pontualidade de brigadistas

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Nampula (IKWELI) – Ao fim de três dias dos quarenta e cinco do recenseamento eleitoral em curso no país, o partido Renamo, na província de Nampula, convidou a imprensa nesta quarta-feira (17) para denunciar situações que não estão a decorrer segundo manda a lei.

Arnaldo Chalaua, porta-voz da perdiz em Nampula, disse que unilateralmente alguns postos fixos foram transformados em móveis e vice-versa.

“O facto que constatamos, nesses três dias, é que houve uma pontualidade dos brigadistas no terreno”, reconheceu Chalaua, para depois prosseguir denunciando que “outro facto é que tivemos dificuldades em termos de material. Constatamos a deslocação de mesas. Constatamos a deslocação de postos fixos, os quais foram mudados para postos móveis, o que irá contribuir na dificuldade de obtenção de cartões eleitorais”.

Arnaldo Chalaua, porta-voz da Renamo em Nampula

A fonte disse que locais de recenseamento não podem ser alterados “por uma vontade localista” pois, assim procedendo concorre-se para “a viciação de mapas. No passado alguns desses postos eram fixos mas, agora são móveis”.

Chalaua referiu-se há dois casos no distrito de Mossuril, nomeadamente nas Escolas Primárias e Completas de Jigoma e Varinha que passaram de postos fixos a móveis.

“A EP1 de Senhote passou a ser um posto fixo em substituição dos postos que estavam nas EPC´s de Jigoma e Varinha”, precisou o nosso interlocutor que depois apontou que “isso é um vício. Do ponto de vista material a EP1 de Senhote não existe pois, ela funciona na residência do chefe do posto administrativo de Matibane [Antinane Omar] ”.

Num outro desenvolvimento, Chalaua referiu-se a outros três postos que estavam previstos como sendo fixos mas que passaram a ser móveis. Estes postos estão localizados no distrito de Erati. “Um posto foi extinto na zona de Namachupa. Pela distância que fica o posto mais próximo pessoas poderão não se recensear”.

“O posto de Machupa passou para Samora Machel e, Samora Machel não existe no mapa”, prosseguiu o porta-voz do partido Renamo em Nampula, para de seguida afirmar que “o recenseamento interessa a todos e se excluirmos parte da população o mesmo não será inclusivo”.

A Renamo, segundo Chalaua, constatou, também, constantes avarias dos computadores, bem como brigadistas de idade avançada que não tem domínio em manusear os equipamentos.

STAE refuta as acusações

Em contacto com o nosso jornal, Príncipe Lino Uataia, director provincial do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) em Nampula disse que as acusações do partido Renamo não fazem sentido.

“Todos os postos foram aprovados e publicados em Boletim da República. Nenhum director é tão ousado em trocar um posto móvel com fixo”, disse o director Uataia.

A fonte reconhece alguns constrangimentos normais do inicio de qualquer um processo desta natureza mas, garantiu ao Ikweli que, gradualmente, estão sendo ultrapassados. (Aunício da Silva e Teresa Paposseco)

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