Nampula (IKWELI) – O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-HABITAT) defende uma integração espacial dos refugiados acantonados no centro de refugiados de Maratane nas comunidades de Nampula, onde o mesmo se localiza.
A UN-HABITAT é uma agência especializada da ONU dedicada à promoção de cidades mais sociais e ambientalmente sustentáveis.
A ideia, segundo disse Dinis Dinis, representante da instituição em Nampula, é promover um desenvolvimento sustentável para os indivíduos que ali vivem junto das comunidades circunvizinhas.
Dinis entende que a integração poderia permitir o melhoramento das condições de vida e socioeconómicas, quer dos refugiados oriundos de vários países, quer das comunidades que vivem a muito tempo na zona.
Na semana passada foi inaugurada uma exposição dos ensaios de Maratane no território de Nampula, incluindo um projecto de integração espacial e económica na região do grande Nampula, uma iniciativa da Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico da Universidade Lúrio (UniLúrio) em parceria com a UN-HABITAT.
Os trabalhos expostos no Museu Nacional de Etnologia são produtos de dois anos de pesquisas e elaboração de planos estratégicos territoriais de desenvolvimento e director da região de grande Nampula.
A fonte da UN-HABITAT referiu que com a implementação de um plano espacial de ordenamento territorial, espera-se o surgimento de assentamentos sustentáveis e adaptados ao contexto moçambicano.
A UniLúrio, através da vice-reitora para área académica, Sónia Maciel, anunciou que existem projectos de arquitectura para o melhoramento das infra-estruturas no desenvolvimento espacial de Maratane.
Estas infra-estruturas compreendem centros comunitários de emponderamento da mulher e de transferência de tecnologias de transição de desenvolvimento agrário, incluindo mercados.
O centro de refugiados de Maratane acolhe cidadãos oriundos de diversos países, especialmente a República Democrática de Congo, Burundi, Ruanda, Somália e Etiópia. (Celestino Manuel)