Inicio do recenseamento eleitoral 15 dias após o Idai: Renamo acusa o governo de tentar fragiliza-lo

Nampula (IKWELI) – O partido Renamo acusa o governo moçambicano de tentar fragiliza-lo com a afixação do 15 de Abril como data do inicio do recenseamento eleitoral depois da situação do ciclone Idai que assolou o centro de Moçambique, umas potenciais regiões que a perdiz tem aceitação no contexto eleitoral.

Inicialmente, o inicio do recenseamento eleitoral tinha sido marcado para o dia 1 de Abril corrente mas, viria a ser adiado para 15 dias depois para garantir que os eleitores vítimas do Idai possam participar com alguma tranquilidade mas, o maior partido da oposição defende que o período dado é bastante curto e que, no mínimo, o mesmo devia ter lugar entre 45 e 60 dias depois do evento natural.

Augusto Magaure Fernando, chefe do departamento nacional de Organização e Estatísticas da Renamo, disse em conferência de imprensa, na cidade de Nampula, que o governo desonrou os acordos alcançados com os partidos políticos e sociedade civil sobre o processo com vista as eleições de 15 de Outubro próximo.

“O governo ao marcar para 15 de Abril para o inicio do processo de recenseamento eleitoral tem em vista a redução de mandatos das quatro províncias. Aliás, viola grosseiramente a nossa constituição ao querer privar cidadãos, deliberadamente, do direito de eleger e de ser eleito”, disse Fernando, para depois avançar que “queremos reafirmar, aqui e agora, que o partido Renamo não concorda com a dilatação de 15 dias do inicio de recenseamento eleitoral pois esse procedimento é pouco e obscuro, pois tem por fim promover uma inscrição deficitária de eleitores se tivermos em conta que houve muita movimentação da população nos seus principais locais de habitação”.

Fernando fez saber que “nós, partido Renamo, havíamos proposto que houvesse uma suspensão na zona centro e o recenseamento continuasse no norte e sul, e que depois de estarem resolvidos os problemas observados na zona centro pudesse começar o recenseamento, e todas brigadas do sul e norte podiam ajudar no recenseamento na zona centro mas, tudo isso foi ignorado pelo governo”

No entender deste político “é uma data encontrada politicamente. O governo acha que quer aproveitar essa situação de ciclone para fins políticos. O que vai acontecer é que até hoje estão a acontecer reassentamentos, principalmente, na cidade da Beira, e dai teremos uma abstenção propositada”. (Teresa Paposseco e Constantino Henriques)

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