Nampula (IKWELI) – O conselho Autárquico de Nampula e o Ministério da Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural procederam ao lançamento do processo de elaboração do Plano de Estrutura Urbana ontem, quinta-feira (07), o qual visa definir os princípios e modelos de ordenamento do território autárquico.
“Uma gestão do território autárquico que não tenha um plano de estrutura fica sem uma estratégia de desenvolvimento. Se não tem um plano, o município não sabe definir as prioridades”, considera Victor Tomás, um dos arquitectos envolvidos na elaboração do referido plano.
O plano de estrutura urbana é um guião onde nele constam as descrições das necessidades de cada bairro, e através do mesmo, o município pode elaborar outros planos específicos e pormenorizados.
Para a elaboração do referido plano estarão envolvidas treze empresas de arquitectura, todas moçambicanas, que durante os próximos meses estarão nos postos administrativos para juntos das comunidades perceber a realidade da cidade para depois traçar e propor as estratégias de desenvolvimento.
A cidade de Nampula é um dos centros urbanos de Moçambique desafiado com problemas de abastecimento de água potável, erosão, saneamento do meio adequado, desemprego, assim como a construção desordenada das habitações.
As autoridades municipais esperam que com a elaboração do plano em referência possa contribuir para a definição de soluções aos mesmos problemas.
O vereador de Finanças, Património e Planificação, Samuel Suire, considera o plano de estrutura urbana como um instrumento que visa orientar e regrar a ocupação do território urbano, melhoramento dos assentamentos informais, valorização do património histórico, cultural e paisagístico.
“De uma forma específica queremos que sejam projectados o melhoramento da rede de infra-estruturas, equipamentos e serviços urbanos, nomeadamente a rede viária, abastecimento de água e saneamento, energia, bem como um sistema de gestão e cadastro de solo urbano de todos os postos administrativos, estabelecer uma base para orientar o desenvolvimento de infra-estruturas essenciais da vida urbana, reduzindo os impactos resultantes de uso desordenado do espaço como tem acontecido nos diferentes bairros da nossa autarquia sobretudo saindo da zona cimento para os bairros de expansão”, apontou o dirigente. (Constantino Henriques)