Nampula (IKWELI) – A província de Nampula, norte de Moçambique, tem vindo a registar aumento de casos de violência doméstica contra a mulher, nos últimos tempos, facto que preocupa as autoridades locais, incluindo organizações de defesa dos direitos humanos.
Neste ano, as autoridades governamentais nesta província, ainda, não divulgaram o número real, mas deram a conhecer que a província no passado registou, pelo menos, 4.103 casos, contra 3.775 de 2017, o que significa que houve aumento em cerca de 9%.
Segundo apuramos, os casos de violência doméstica ocorrem com maior incidência nos distritos de Nampula, Erati, Rapale, Mogovolas, Moma e Angoche.
De acordo com a chefe do departamento do Género, na direcção Provincial da Género, Criança, e Acção Social de Nampula, Hermenegilda Jorge, como forma de erradicar esta problemática, o seu sector e parceiros têm vindo a desencadear diversas acções de sensibilização a nível das comunidades para desmotivar a prática.
Além de violência, também, aumentam com preocupação os casos de casamentos prematuros na província de Nampula acompanhados por gravidezes precoces. A situação vem mais uma vez desafiar os esforços das autoridades governamentais e parceiros.
Segundo a nossa entrevistada, “apesar dos esforços e resultados que a província tem merecido, registamos 686 casos de práticas sociais nocivas as crianças em 2018, contra 682, verificando-se um aumento de 0,5%, dos quais 429 de gravidezes precoces e 257 de casamentos prematuros”.
Para minimizar o problema, a fonte referiu que a sua instituição e parceiros “priorizou a divulgação da Estratégia Nacional de Combate e Prevenção de casamentos prematuros, ente outros instrumentos que protegem os direitos da criança que precisam ser tomados em consideração, através de palestras, debates radiofónicos e televisivos assim como seminários, com o envolvimento dos líderes comunitários, religiosos, matronas e mestres de ritos de iniciação”. (Teresa Paposseco)