“Osvaldo Ossufo Momade é competente”

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  • Afirma Paulo Vahanle, justificando a nomeação do filho do presidente da Renamo para Vereador do Pelouro de Mercados e Feiras

Nampula (IKWELI) – Durante o primeiro mandato de Paulo Vahanle como autarca de Nampula, maior centro urbano do norte de Moçambique, que durou perto de nove meses, a opinião pública sempre o criticou por, maioritariamente, ter indicado “pessoas da terceira idade” para ocuparem posições de chefia no organigrama da autarquia, sobretudo vereadores.

Com inicio do actual mandato de cinco anos a 7 de Fevereiro último, Vahanle fez reformas. Muitas das caras que faziam parte do Conselho Municipal foram parar na Assembleia Municipal local como membros.

Das novas indicações, por sinal das mais jovens, Osvaldo Ossufo Momade, filho do presidente da Renamo, Ossufo Momade, foi a cara mais visível e que por sinal provocou muitos comentários na opinião pública local e nacional.

Com apenas 32 anos de idade, Osvaldo é considerado como um forte militante da Renamo e que tem dado o melhor de se para vida do partido na província de Nampula, maior círculo eleitoral do país.

O presidente do Conselho Autárquico de Nampula, finalmente, justificou a sua decisão na nomeação de Osvaldo por razões, exclusivamente, de competência e não favoritismo político ou bajulação do seu presidente partidário.

Para Vahanle não existe ligação possível entre a nomeação do jovem vereador com “o facto de ser filho de quem é”.

Osvaldo Ossufo Momade que renunciou a Assembleia Municipal é o actual vereador de Mercados e Feiras de Nampula.

Vahanle não descarta a hipótese de a militância política partidária, por si, do jovem vereador tenha contado na sua nomeação mas, “não é nenhuma forma de procurar agradar ao pai”.

“O senhor Osvaldo Momade é membro do partido e é, sim, filho do presidente e que não tem nada haver a posição do seu pai, uma vez ele ter ascendido a presidência quando o Osvaldo era funcionário do Município de Nampula. Dizer que, nós na Renamo ensinamos nossos filhos a trabalhar; soar para ganhar o próprio pão, o que é difícil noutros partidos”, respondeu, visivelmente desapontado com a pergunta feita pelos jornalistas sobre a nomeação do filho do seu chefe no partido.

Vahanle lamentou que “o que é mais complicado e triste é ver filhos dos dirigentes deste país com contas bancárias cheias de dinheiro, inclusive com fortunas fora do país sem se quer terem trabalhado na vida”, para depois defender que “ensinar e dar oportunidade a um filho a ganhar a vida eu não vejo nenhuma inconveniência”.

“Deixem-nos que façamos o nosso trabalho e desempenhamos o nosso papel. O que nós queremos são resultados independentemente das especulações. Se os filhos dos outros tivessem trabalhado hoje não teríamos alguém preso por conta das ilegalidades”, disse Vahanle, garantindo que conhece bem as leis moçambicanas, considerando que já foi deputado da Assembleia da República, onde já pertenceu a Comissão Permanente. (Sitoi Lutxeque)

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