SERNIC sem punho para esclarecer assassinatos em Nampula

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Nampula (IKWELI) – O governo moçambicano extinguiu há dois anos a Polícia de Investigação Criminal (PIC) e, para o seu lugar instituiu o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), medida tomada em vista a oferecer ao cidadão e aos órgãos de administração da justiça no país maior facilidade de esclarecimento de actos criminais através de uma boa investigação policial.

A nova instituição viu-se dotada de autonomia patrimonial e administrativa, facto com que se esperava uma melhor actuação, incluindo que a partir de então os laboratórios do SERNIC ficaram mais munidos e com uma nova massa pensante que, recorrentemente, foi treinada, até fora do país.

Na cidade e província de Nampula viu-se uma outra imagem da instituição, incluindo serviços de Piquete.

Ainda assim, o esclarecimento de crimes maiores, sobretudo os hediondos de natureza de assassinatos de figuras públicas e políticas ainda ficou um mistério para os investigadores. Muitos dos actores nunca chegaram a ser conhecidos.

Há a memória o assassinato de Mahamudo Amurane, terceiro autarca eleito, democraticamente, no mais importante centro urbano do norte de Moçambique. Este acto macabro deu-se em Outubro de 2017 mas, até agora, o crime está por esclarecer.

A instituição foi reestruturada mas, os resultados da sua actuação demoram a chegar e isto não agrada aos cidadãos que vem um serviço de investigação dedicado aos pilha galinha e nunca aos “grandes” criminosos e os criminosos de colarinho branco.

Da transição da PIC para o SERNIC os arquivos, mandados para a nova instituição, ainda carregavam casos de assassinatos inocentes por esclarecer.

Em Dezembro de 2016 foi assassinado, na sua residência, no bairro de Mutauanha, José Murevete, membro da Assembleia Provincial de Nampula pela bancada da Renamo, por indivíduos até agora desconhecidos.

Dias depois e no mesmo mês, José Naitale, outro membro sénior da RENAMO, foi, igualmente, morto a tiros a escassos metros da sua casa, no bairro de Namutequeliua, na cidade de Nampula.

Confiem no SERNIC

David Henriques é o director do SERNIC em Nampula e, em entrevista a Rádio Moçambique, emissora pública de radiodifusão, pediu confiança por parte dos cidadãos. “Confiem no SERNIC e denunciem os criminosos. Eles vivem nas nossas comunidades”, disse.

“A investigação leva o seu tempo. É preciso muito trabalho, de perícia, para esclarecer um caso criminal. Mas estamos num bom passo porque temos conseguido esclarecer alguns casos”; precisou Henriques. (Aunício da Silva e Sitoi Lutxeque)

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